Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
RIBEAUX, Daylin Rubio |
Orientador(a): |
CAMPOS-TAKAKI, Galba Maria de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/20792
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Resumo: |
Os biossurfactantes são moléculas anfipáticas produzidas por micro-organismos e possuem importância recentemente devido às várias e importantes aplicações industriais e ambientais. Estes compostos possuem vantagens como biodegradabilidade, produção a partir de fontes renováveis além de funcionalidade sobre condições extremas de pH, salinidade e temperatura. Entretanto, a sua utilização na indústria depende da redução do custo associado a sua produção, sendo uma possível estratégia o uso de fontes renováveis como os resíduos agro-industriais. Neste sentido, a linhagem de Candida tropicalis demonstrou habilidade para converter resíduos agro-industriais (soro de leite, manipueira e óleo de soja pós-fritura) em meio de produção de biossurfactante empregando um planejamento fatorial 2 3 . A seleção da melhor condição do planejamento foi avaliada utilizando como variável resposta tensão superficial. Desta forma, o melhor resultado foi obtido no meio basal (3% de soro de leite, 7% de manipueira e 10% óleo de soja pós-fritura), observando-se uma redução da tensão superficial da água de 72 para 30,8 mN/m. Ao mesmo tempo, a degradação de petroderivados foi avaliada no meio Bushnell Haas, com o indicador redox 2,6- diclorofenol – indofenol e com a linhagem selvagem aclimatada em óleo diesel a 30%. Os resultados obtidos evidenciaram que a levedura aclimatada apresentou o melhor resultado para o diesel com 98% de degradação. Em seguida, a linhagem foi identificada molecularmente como Candida tropicalis. Desse modo foi realizado um perfil de crescimento e produção do biossurfactante durante 96 horas de cultivo a 150 rpm, com redução da tensão superficial do meio de 70 mN/m para 28,9 mN/m. O biossurfactante produzido demonstrou estabilidade em condições extremas de pH (2- 12), temperatura (4, 70, 100 e 120°C) e concentração salina (2-10%). O rendimento do biossurfactante isolado foi de 3,9 g/L, com uma concentração micelar crítica de 1,5%. Além disso, o novo biossurfactante foi caracterizado como polimérico (51% de proteinas, 37% de lípidos e 11 % de carbohidratos), apresentando uma atividade antimicrobiana para as bactérias Pseudomonas aeruginosa sp. Salmonella sp. UCP 6017, Serratia marcescens UCP 1549, Eschericia coli, Lactobacillus sp., Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Bacillus licheniformis UCP 1013, e a levedura Candida albicans. Ao mesmo tempo, o biossurfactante demonstrou não ser tóxico quando testado em sementes de Brassica oleracea, Lactuca sativa L., Solanum lycopersicum. Os resultados obtidos confirmaram o elevado potencial biotecnológico da Candida tropicalis na biotransformação de rejeitos agroindustriais na produção de um novo biossurfactante, indicando uma diversidade de aplicações em processos biotecnológicos (biorremediação com poluentes hidrofóbicos), como também para a saúde atuando contra bactérias Gram positivas e negativas, além da levedura oportunista C. albicans. |