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Autossegregação em cidades médias : configuração intraurbana e práticas espaciais dos moradores de residenciais horizontais fechados, em Arapiraca- AL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: NEVES, Rafael Rust
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45389
Resumo: As transformações no âmbito do capitalismo, experimentado nas últimas cinco décadas, têm produzido mudanças na produção do espaço urbano. A transição da cidade industrial, marcada pela dicotomia centro-periferia, para a cidade pós-fordista, dispersa e fragmentada, tem engendrado novas configurações espaciais, não apenas nas grandes cidades. A presente pesquisa investiga as implicações da autossegregação para a vida urbana em cidades médias, com foco na cidade de Arapiraca-AL. A escolha dessa cidade média como recorte para a pesquisa se deve aos residenciais horizontais fechados (RHFs) serem uma realidade relativamente recente, oferecendo uma oportunidade privilegiada para a análise das transformações urbanas desencadeadas por esses empreendimentos, desde a implantação. A tese é que a autossegregação em RHFs induz uma mudança na relação que seus moradores estabelecem com a cidade, implicando em um modo de vida urbano mais compartimentado e seletivo. O objetivo geral da pesquisa é identificar e analisar as mudanças nas práticas espaciais dos moradores de RHFs e suas implicações para a vida urbana em cidades médias. O método adotado foi o fenomenológico e as técnicas de pesquisa empregadas na coleta de dados primários foram: entrevista semiestruturada, junto a agentes públicos da administração municipal, agentes do mercado imobiliário local, moradores de residencial horizontal fechado e não-moradores desses empreendimentos; questionário online, aplicado em diferentes RHFs implantados na cidade; e observação não-participante, realizada em um empreendimento dessa natureza. Os resultados confirmaram que as principais motivações para a mudança para os RHFs foram segurança, tranquilidade e lazer. Outro resultado aponta que esse fenômeno se constitui como uma tendência consolidada, pois a grande maioria dos moradores optariam por outro residencial fechado, caso decidissem se mudar do atual, e os não-moradores se mudariam para um residencial horizontal fechado se tiverem oportunidade. Foi possível constatar que a mudança para esses empreendimentos altera a relação que os moradores estabelecem com outros espaços da cidade, reduzindo a frequência de compras na área central e nas feiras livres, e usufruindo mais de espaços privados para fins de lazer e prática de atividades físicas.