Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Phillip César Albuquerque |
Orientador(a): |
FIGUEIREDO FILHO, Dalson Britto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Politicas Publicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35280
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Resumo: |
O principal objetivo desta dissertação é analisar a variação espacial e longitudinal das taxas de homicídio no Brasil. A hipótese de trabalho sustenta que a violência está aumentando mais rápido nos municípios do interior. Além disso, a partir de um estudo de caso, examinamos a percepção de gestores e ex-gestores da segurança pública a respeito da interiorização da violência. Os dados foram coletados a partir do SIM/DATAUS e o estudo focou no comparativo da taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) dos 5.570 municípios brasileiros nos biênios (2004-2005) e (2014-2015). Para análise dos dados foi utilizado técnicas de estatística descritiva, espacial e multivariada. Na abordagem qualitativa, utilizamos análise de conteúdo, entrevistas semiestruturadas e um survey para examinar as opiniões de 14 profissionais. Os principais resultados evidenciam que a velocidade do crescimento da violência é maior nas cidades do interior e nos municípios de pequeno porte. Enquanto a taxa de CVLI nas cidades com até 50 mil habitantes cresceu 47,65%, a taxa observada nas localidades com população acima de 200 mil pessoas caiu cerca de 10,07%, em média. Ainda, a taxa observada nas Regiões Metropolitanas dos dez estados mais populosos do Brasil diminuiu 16,36% enquanto nos municípios do interior aumentou em 25,31%. %. De acordo com nossas projeções, a tendência é que em 2020 esse fenômeno continue avançando. A taxa de CVLI do Interior será de 25,71 e de 27,45 nas RMs, o que representa uma diferença de 1,74 mortes para cada grupo de 100 mil habitantes, valor muito inferior a diferença de 2004 (22,71), quando as taxas apresentadas eram 40,71 nas RMs e 18,00 no Interior. Os resultados da análise qualitativa reforçam o evidenciado nas estatísticas oficiais: o sentimento de aumento da violência e insegurança nos pequenos municípios. Em relação às causas, a percepção dos gestores indica: (1) maiores investimentos destinados aos grandes centros urbanos, (2) ausência do Estado e de Políticas Públicas, (3) disseminação do tráfico de drogas e (4) falta de perspectivas de trabalho e estudo para os jovens. Este trabalho contribui com a literatura sobre segurança pública ao identificar novos padrões da violência no país, alertando a necessidade da interiorização também das políticas públicas e dos investimentos, além de complementar achados estatísticos com pontos de vistas e expertises de profissionais da área de segurança pública. |