Violência contra as mulheres no estado de Pernambuco-Brasil : perfil das agredidas e características das ocorrências notificadas entre 2015 a 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SANTOS, Mychelson Santana da Silva
Orientador(a): MARTELLI, Petrônio José de Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49418
Resumo: O enfrentamento da violência contra as mulheres além de ser necessário para a equidade de gênero e para garantia dos direitos humanos é extremamente importante para a elevação dos níveis de saúde, no mundo e no Brasil. O estudo teve como objetivo descrever as características epidemiológicas das notificações de violência contra as mulheres em Pernambuco, 2015 a 2019. Estudo ecológico, descritivo de corte transversal, a fonte de dados foi o Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Identificamos 31.439 casos, predominaram mulheres na faixa etária dos 10 a 29 anos (16.730) ou seja (53,2%), da raça/cor da pele parda (20.384) equivalente a (64,8%). As mulheres solteiras foram as que mais sofreram violências (14.405) correspondendo a (45,8%). A zona urbana (26.005) isto é (82,7%) foi a mais frequente. Quanto ao local de ocorrência predominou a residência (19.013) isto significa (60,5%). Concernente a natureza das violências, os maiores registros foram física (19.049) ou seja (60,6%), psicológica (9.609) equivalente a (30,6%) e sexual (4.983) igual a (15,8%). A força corporal/espancamento alcançou (13.662) similar a (43,5%). Quanto aos agressores os parceiros íntimos (cônjuge, ex-cônjuge e namorado) figuraram como os prováveis autores (9.964) igual a (31,7%), frequentemente do sexo masculino (17.879) ou seja (56,9%). A descrição das características epidemiológicas evidenciou, de modo geral, o predomínio dos tipos de violência física, psicológica e sexual em ambiente doméstico e provocadas majoritariamente por parceiros íntimos, perpetradas por meio da força corporal/espancamento. A maioria das mulheres agredidas encontravam-se na faixa etária dos 10 aos 29 anos de idade, eram solteiras e se autodeclaram de raça/cor parda.