O comércio sino-angolano no esquema centro-periferia: enfoque na questão do petróleo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Sá, Alexandre José Gomes de
Orientador(a): Lima, João Policarpo Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11115
Resumo: Esta dissertação pretende analisar a relação comercial bilateral sino-angolana (China-Angola) contemporânea (entre os anos 2000-2011) com enfoque na questão do petróleo, levando-se objetivamente em consideração também o envolvimento chinês em outros setores importantes da economia angolana. À luz do esquema “prebischiano” de Centro-Periferia (Raúl Prebisch) e sob o panorama de uma economia globalizada (mundializada), busca-se identificar as assimetrias na relação comercial entre ambos os países, identificando as vantagens para a China por um lado, e as desvantagens para Angola por outro lado. Após pouco mais de trinta anos de crescimento econômico (com raízes na chegada de Deng Xiaoping ao poder em 1978), uma acelerada urbanização e consideráveis mudanças nos padrões de consumo, a China migra da condição de maior exportador de petróleo do Leste da Ásia (nos anos 1980) para a condição de relevante importador mundial (entre os anos 1990 e 2000). Motivada pela necessidade de manter a pujança de sua economia (além dos fatores políticos que também norteiam a questão), a China aproximou-se de alguns países do continente africano ricos em matérias-primas. Angola, país localizado na África Subsaariana (ou na África Austral), recentemente saído de uma longa guerra civil (entre os anos de 1975 e 2002), conflito que praticamente destruiu a infraestrutura do país, é detentor de vastas reservas de petróleo, e transformou-se, no contexto do continente africano, no maior fornecedor dessa commoditie para os chineses. Os resultados do trabalho indicam que a relação comercial sino- angolana apresenta características que a enquadram naquilo que preconiza o esquema Centro-Periferia (ou nos seus principais aspectos). A China, um país em desenvolvimento, de fato tem hoje uma economia cuja força e capilaridade são ainda difíceis de dimensionar. Sendo assim, buscar o entendimento da relação comercial sino-angolana pode ser concebido como mais um passo para entender o que a China quer econômica e politicamente do mundo.