Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Muller, Elaine |
Orientador(a): |
Chambliss Hoffnagel, Judith |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1040
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Resumo: |
Esta dissertação aborda algumas práticas juvenis associadas ao tempo do lazer, mais especificamente, o cotidiano de meninas com idade entre 13 e 18 anos, predominantemente, freqüentadoras de dois shopping centers de Recife PE. Através de observação participante, práticas como a freqüentação ao shopping, o consumo, as relações de gênero e de amizade e a construção de identidades de grupo se mostraram como aspectos centrais nas vidas das meninas que participaram da pesquisa. Foi possível perceber que havia um discurso que permeava e definia estas práticas, o que eu chamo de discurso do bom-comportamento, articulado para classificar os comportamentos em adequados ou inadequados, nomeando-os de diversas formas, e para localizar outras/os jovens entre nós e as/os outras/os . Dessa forma, surgem rótulos como o de maloqueiros , usado para classificar genericamente todos aqueles com comportamentos considerados inadequados, como o uso de vestimentas consideradas inapropriadas para determinados lugares, e hábitos como fumar e beber; galinhas para meninos e meninas que obedeciam a regras mais liberais nas relações de gênero, como o ficar descomprometido com diversos/as jovens; e patricinhas ou cocotinhas , articulado para definir meninas em geral bem-comportadas e que se preocupam com a aparência. Sendo que maloqueiros e galinhas são sempre jovens com determinados comportamentos que não fazem parte do círculo de amizade de quem aplica essas categorias, e que a patricinha ora é a boa-moça bemvestida (o nós ), ora a menina com excesso de frescuras (a outra ), percebe-se que o discurso do bom-comportamento é, antes de tudo, um discurso, no qual uma mesma característica poderá ser definida positiva ou negativamente. A análise e interpretação das práticas e discursos foi feita a partir do uso da categoria de gênero, portanto com uma perspectiva relacional; a noção de microcultura juvenil, através da qual a cultura dos jovensnão é vista como algo separado de uma cultura adulta. Além disso, nesse trabalho os jovens são abordados enquanto sujeitos ativos, com identidades, produtores de sentidos que vão além de práticas desviantes e espetaculares associadas a um possível período de rebeldia, estando inseridos em um contexto maior que lhes serve de acervo |