Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Karla Monik Alves da |
Orientador(a): |
SANTOS, Beate Saegesser |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37675
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Resumo: |
A esquistossomose, também conhecida popularmente como barriga d’água, é uma doença causada pelo Schistosoma sp., correspondendo a um dos principais problemas de saúde em muitos países em desenvolvimento. O praziquantel (PZQ) é atualmente o medicamento de escolha, para o tratamento em larga escala da esquistossomose, sendo efetivo contra todas as espécies de Schistosoma. Entretanto, apresenta sua absorção limitada pela baixa solubilidade, por pertencer à classe II do Sistema de Classificação Biofarmacêutica (SCB). Assim, objetivou-se modular as propriedades biofarmacotécnicas do PZQ por meio da engenharia de cocristais, compreendendo os mecanismos físico-químicos envolvidos no aumento da solubilidade do fármaco. Inicialmente foi realizada a obtenção de cocristais do PZQ com ácidos carboxílicos (ácido cítrico, málico, sórbico, salicílico, tartárico ou oxálico), na proporção molar 1:1, por meio da evaporação do solvente sob pressão reduzida. Após a obtenção, as amostras foram caracterizadas por meio das técnicas analíticas: difratometria de raios X de pó (PDRX); espectroscopia de absorção no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), espectroscopia Raman e calorimetria diferencial de varredura (DSC) a fim de investigar possíveis interações físicas e/ou químicas entre o PZQ e os conformadores que fossem capazes de formar uma nova fase cristalina; as interações entre os constituintes foram simuladas através de ensaios in silico e a a avaliação da solubilidade foi realizada por meio da solubilidade de saturação e perfil de dissolução. Os dados indicam que o ácido salicílico e o ácido oxálico foram capazes de formar uma nova fase cristalina do PZQ. No entanto, apenas com o ácido oxálico foi obtido o cocristal; os demais coformadores embora tenham apresentado algum tipo de interação com o PZQ não foram capazes de formar cocristal pelo método empregado. As simulações in silico apontam as possíveis formas de interação entre os constituintes dos cocristais. As novas fases cristalinas obtidas foram capazes de aumentar a solubilidade do PZQ em todos os meios testados, sendo mais intenso no fluido duodenal provavelmente pela maior capacidade de ionização dos ácidos. Dessa forma, verificou-se que é possível melhorar as propriedades biofarmacotécnicas do PZQ, reduzindo as doses terapêuticas, diversificando as formas farmacêuticas disponíveis para, futuramente, subsidiar programas governamentais nas áreas endemicamente afetadas pela esquistossomose. |