Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
SILVEIRA, Maria Mariana Barros Melo da |
Orientador(a): |
OLIVEIRA, Dinaldo Cavalcanti de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Inovacao Terapeutica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48764
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Resumo: |
A fibrilação atrial (FA) é a arritmia sustentada mais comum na prática clínica. Além de sua importância epidemiológica, a FA é destacada por suas repercussões incluindo fenômenos tromboembólicos, hospitalizações e alta taxa de morbimortalidade. Seu mecanismo fisiopatológico é complexo, envolvendo uma associação de fatores hemodinâmicos, estruturais, eletrofisiológicos e autonômicos e sendo conhecido por incluir fibrose. Como possível biomarcador, a Galectina-3 (Gal-3) uma lectina de ligação à β-galactosidase, foi descrita como um mediador de fibrose cardíaca e aparece elevada em algumas cardiopatias. Os biomarcadores podem ser úteis para melhorar a precisão da avaliação clínica, dentre eles, os polimorfismos descritos na literatura que envolve o processo fisiopatológico da FA como, CAV1, HCN4 e KCNN3, além do LGALS3 envolvido no processo fibrótico. Existem alguns parâmetros eletrocardiográficos bem estabelecidos, mas poucos marcadores sorológicos, genéticos e ecocardiográficos definidos para fibrose atrial e FA. Assim o objetivo desse estudo foi verificar a associação entre os níveis séricos e expressão gênica da Gal-3, a presença de polimorfismos em genes envolvidos no processo fibrótico e canais iônicos com os parâmetros ecocardiográficos sugestivos de fibrose atrial. Para isso, foi realizado um estudo do tipo corte transversal, com comparação de grupos e foram incluídos 206 pacientes com FA permanente e 70 com FA paroxística. Os SNPs rs4652 e 4644 do gene LGALS3, bem como genes envolvidos com os canais iônicos foram estudados usando o sistema de PCR em tempo real TaqMan. Os níveis séricos de GAL-3 foram medidos por ELISA e foi realizado ecocardiograma speckle-tracking (EST). Os valores estatísticos foram significantes quando p<0,05. Como resultados, os indivíduos com FA permanente apresentaram média de idade de 66.56±12 anos (50.5%) e eram do sexo masculino. Os parâmetros ecocardiográficos no grupo FA permanente quando comparados ao grupo FA paroxística apresentaram significância estatística, diâmetro de átrio esquerdo (AE) (p=0.007), volume de AE (p=0.02) e volume indexado pela superfície corpórea (p=0.04), além do strain longitudinal de átrio esquerdo (SLAE) (p=0.002). Não houve associação entre os genótipos dos genes HCN4, KCNN3, CAV1 e LGALS3 dos SNPs rs4652 e rs4644 e o tipo de FA. A expressão de mRNA da Gal-3, quando comparada entre os tipos de FA não apresentou associação. O grupo FA permanente teve correlação com níveis séricos de Gal-3 quando comparado ao SLAE (r=0.24; p=0.01). Nesse estudo o diâmetro de AE, volume de AE, volume de AE/superfície corpórea e o strain longitudinal de AE tiveram associação quando comparados entre os grupos de FA permanente e paroxística. O EST pode ser usado para avaliar a fibrose atrial como marcador de remodelação e para detectar disfunção precoce do AE mesmo antes das alterações estruturais. A distribuição das frequências alélicas, genotípicas e dos haplótipos do polimorfismo LGALS3 rs4652 e rs4644 não apresentou variação estatística, o que sugere que estes SNPs não possuem associação com as formas clínicas da FA (permanente e paroxística). |