Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
RANGEL, Tathiana Corrêa |
Orientador(a): |
ROCHA FILHO, Pedro Augusto Sampaio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39385
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Resumo: |
É considerável identificar estudantes universitários com potencial de dependência à internet, porque esse transtorno coexiste frequentemente com outras condições clínicas, incluindo uma maior prevalência e gravidade das cefaleias. As cefaleias são muito prevalentes entre os estudantes universitários e levam a maior incapacidade e absenteísmo escolar e a um pior desempenho acadêmico. As hipóteses testadas foram de que a dependência de internet estaria associada a uma maior prevalência e gravidade das cefaleias, insônia, ansiedade e depressão, assim como, a insônia estaria associada a uma maior prevalência e gravidade das cefaleias, ansiedade e depressão. Portanto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar se há associação entre a dependência de internet, a cefaleia e a insônia. Avaliar se há associação entre a insônia, as cefaleias, ansiedade e depressão. Bem como, se a gravidade da insônia está associada a uma maior gravidade das cefaleias primárias, ansiedade e depressão. Estudos relacionam a possível associação entre as cefaleias e a insônia, sendo que esta última também é prevalente entre os estudantes. O método consistiu em um estudo transversal com amostra aleatória de 420 estudantes universitários. No sorteio foram consideradas 08 turmas no curso de medicina, 10 turmas no curso de engenharia civil e 18 turmas no curso de administração (total de 36 turmas). Em cada turma foram sorteados 17 alunos e na fase inicial eles respondiam individualmente ao instrumento de caracterização social, hábitos de vida, vida acadêmica e de comportamento frente aos episódios de cefaleia, seguidos do Headache Impact Test (HIT-6), Internet Addiction Test (IAT), Insomnia Severity Index (ISI) e The Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS). Os alunos selecionados foram entrevistados através de instrumentos semiestruturados autoaplicáveis. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco (UPE) (CAAE: 74157017.0.0000.5207). Dos 420 indivíduos, 51,4% eram do sexo masculino. A mediana de idade foi 21 (P25=19; P75=23). Trezentos e noventa e nove estudantes (95%) apresentaram cefaleia, 265 (63%) tinham migrânea, 152 (36%) tinham cefaleia do tipo tensional, a prevalência de dependentes de internet foi 84 (20%) e de insones 95 (22,6%). A partir do modelo ajustado para dependência de internet foi possível prever que um estudante universitário que apresenta migrânea com aura, ansiedade e insônia possui uma probabilidade de 50% de ter dependência de internet. Através do modelo ajustado para insônia foi possível prever que um estudante universitário que apresenta depressão, ansiedade e impacto da cefaleia grave no cotidiano possui probabilidade estimada de 58,1% de ter insônia. Portanto, concluímos que a ansiedade, insônia e migrânea com aura estão associadas à dependência da internet. Por outro lado, a gravidade da insônia pode ser explicada conjuntamente pela frequência de crises, impacto da cefaleia, gravidades de ansiedade e de depressão. |