Caracterização físico-química e cromatográfica de drogas vegetais de uso tradicional no Nordeste brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SOUZA, Julia Aparecida Lourenço de
Orientador(a): SOARES, Luiz Alberto Lira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30636
Resumo: A crescente utilização de produtos de origem vegetal, tem sido motivo de preocupação das autoridades sanitárias no que diz respeito ao seu uso racional e às especificações de qualidade. Sob o aspecto da qualidade farmacêutica destes produtos, os métodos cromatográficos têm sido amplamente empregados para as avaliações qualitativa e quantitativa destas matrizes complexas e seus derivados. Isto se deve a capacidade que possuem estas técnicas para separação da mistura de compostos do metabolismo secundários, especialmente para o estabelecimento de perfis químicos qualitativos (fingerprints). Portanto, o objetivo deste trabalho foi a avaliação de perfis químicos de espécies vegetais tradicionais através das cromatografias em camada delgada (CCD) e líquida de alta eficiência (CLAE). Para tanto, sete espécies vegetais com relevância para a terapêutica regional foram selecionadas (Anacardium occidentale L.; Annona muricata L.; Guazuma ulmifolia Lam.; Phyllanthus niruni L.; Psidium guajava L.; Punica granatum L. e Spondias mombin Jacq.); submetidas a triagem fitoquímica (derivados antracênicos e cinâmicos, flavonoides e taninos que são classificados como polifenois); e, em seguida, desenvolvidos os perfis fitoquímicos por CCD e CLAE. As amostras de cada um dos materiais vegetais foram identificadas e caracterizadas de acordo com os métodos gerais da Farmacopeia Brasileira e, após padronização química, submetidos à avaliação dos potenciais citotóxico e antimicrobiano. A triagem fitoquímica revelou que as espécies vegetais estudadas apresentaram derivados cinâmicos, flavonoides e taninos (hidrolisados e condensados). Todas as amostras atenderam as especificações preconizadas pela Farmacopeia Brasileira para matéria-estranha, umidade, cinzas, teor de extrativo e granulometria. Os perfis químicos por CCD e CLAE revelaram bandas/picos típicos para algumas espécies e poderão ser empregados como referência para predição da qualidade química do insumo. Considerando as propriedades biológicas das espécies vegetais, apenas duas espécies apresentaram moderada citotoxicidade (A. occidentale e G. ulmifolia), enquanto as espécies A. muricata; G. ulmifolia; P. niruri; P. guajava; P. granatum e S. mombin apresentaram propriedades antifúngicas e antibacterianas e a espécie A. occidentale apresentou atividade antifúngica. Dessa forma, os resultados deste estudo permitiram relatar pela primeira vez perfis químicos que poderão ser usados como preditores da qualidade química e biológica para a padronização de matérias-primas vegetais e produtos derivados.