Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Dinalva Barros da |
Orientador(a): |
AGUIAR, José Lamartine de Andrade |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/21306
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Resumo: |
Perfurações da membrana do tímpano prejudicam a função do aparelho auditivo e nas suas formas crônicas é necessário tratamento cirúrgico corretivo. O tratamento cirúrgico habitualmente empregado é a miringoplastia que é feita com a utilização de um enxerto livre de material biológico ou sintético. Um novo material biológico, um biopolímero, obtido por síntese a partir de açucares do melaço da cana-de-açúcar polimerizados, desenvolvido na UFRPE e UFPE, foi empregado como enxerto livre em 10 orelhas com perfuração crônica, e comparado com enxerto de fáscia homologa utilizada em perfuração da orelha contralateral de roedores, cada animal foi o controle de si mesmo. No estudo foram utilizados 10 roedores Chinchilla laniger, machos, com peso médio de 500g, sem sinais de infecção e provenientes de um único fornecedor. Os animais foram operados na unidade de microcirurgia e evoluíram no biotério de experimentação no Núcleo de Cirurgia Experimental da UFPE. Sob anestesia geral com Ketamina, 25mg/kg de peso, por via intramuscular, as orelhas externas foram examinadas por meio de otomicroscopia e a função de mobilidade da membrana do tímpano foi avaliada por meio de curvas de imitanciometria, classificadas nos tipos A, B e C, obtidas no pré-operatório com um impedanciômetro da marca MAICO, modelo MA630. Após o exame de timpanometria, sob controle de assepsia a anti-sepsia dos condutos auditivos externos foi feita com solução de povidona-iodo, instilada nos meatos acústicos externos e aspirada sob a infusão de solução salina estéril. As membranas do tímpano foram perfuradas por meio de eletrocauterização, utilizando-se uma alça circular de 0,3mm. Quatro semanas após as perfurações, as orelhas foram tratadas sob anestesia geral com ketamina, obedecendo princípios de assepsia e anti-sepsia. As bordas epitelizadas das perfurações foram retiradas e sobre a superfície cruenta, em uma orelha foi aplicado um enxerto de membrana de biopolímero e na orelha contralateral um enxerto de fáscia homóloga, com a mesma dimensão. Para fixar os enxertos foi colocado nos condutos auditivos externos um fragmento de Gelfoam. As orelhas foram examinadas semanalmente por meio de otoscopia e na oitava semana foram feitas curvas de imitanciometria, obedecendo os mesmos critérios adotados no pré-operatório. As curvas de timpanometria de todos os animais obtidas no pré-operatório foram do tipo A. Por meio do exame otoscópico foi identificado que as perfurações estavam fechadas em nove orelhas tratadas com enxerto de biopolímero e em oito com enxerto de fáscia homóloga. As curvas de timpanometria no pós-operatório foram do tipo A em oito orelhas tratadas com o enxerto de biopolímero e em sete tratadas com enxerto de fáscia homóloga. Em duas orelhas, uma tratada com enxerto de biopolímero e a outra com fáscia homóloga o padrão de curva obtida foi do tipo C. O teste exato de Fisher aplicado aos resultados obtidos, não expressou diferença estatística significante entre os dois modelos. A membrana do biopolímero apresentou-se semelhante à fáscia homóloga como enxerto livre no tratamento de perfurações crônicas da membrana timpânica de Chinchilla laniger. |