Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
ALCOFORADO, Ângela de Fátima Villas |
Orientador(a): |
CALDAS NETO, Silvio da Silva |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34375
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Resumo: |
A perfuração da membrana é uma situação muito freqüentemente encontrada na prática clínica diária do otorrinolaringologista. Em alguns casos, principalmente naqueles causados por agressões térmicas ou infecções, os mecanismos de fechamento da perfuração podem falhar, dando origem a perfurações crônicas estáveis e isso tem justificado alguns estudos feitos com a intenção de demonstrar o efeito benéfico da aplicação tópica de substâncias sobre o processo de cicatrização de perfurações timpânicas. Inúmeros mediadores pró-inflamatórios são sintetizados e liberados no local de uma lesão tecidual, atuando para o restabelecimento da integridade morfofuncional do tecido. Entre essas substâncias estão as prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos, que são derivados do ácido araquidônico (AA), um ácido graxo poliinsaturado derivado, por sua vez do ácido linoleico (AL). Trabalhos mostraram que a administração de certos tipos de ácidos graxos, particularmente o AL podem incrementar as reações teciduais envolvidas nos processos de cicatrização de feridas em animais e humanos. Como a perfuração da MT é de fato uma ferida, é de se esperar que as respostas teciduais ocorram sob influência dos mesmos mediadores envolvidos em uma ferida comum. Dessa forma, este trabalho foi desenvolvido com a intenção de demonstrar o efeito da aplicação tópica de um ácido graxo, o AL, no índice e na velocidade de fechamento de perfurações traumáticas realizadas em ratos. O presente trabalho foi realizado no Núcleo de Cirurgia Experimental da UFPE. Trata-se de um estudo experimental, analítico e prospectivo. Vinte ratos Wistar foram submetidos a perfurações traumáticas da MT nas orelhas direitas (OD) e orelhas esquerdas (OE), sendo aplicado AL a 100% nas perfurações da OD e a OE foi utilizada como controle. Os animais foram avaliados otomicroscopicamente do 7° ao 16° dias e analisados estatisticamente quanto ao desfecho da lesão. Três animais foram a óbito durante o período de observação, restando 17 para análise final. Os percentuais de fechamento da lesão, embora tenham aumentado significativamente até o 16°dia, não diferiram entre os grupos tratamento e controle em nenhum dos dias observados (7o, 9o, 12°, 14° e 16°). Desta forma, não houve evidência estatisticamente significante de que o ácido linoleico interfira no índice e na velocidade de cicatrização da perfuração timpânica. |