Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Monteiro de Souza, Ester |
Orientador(a): |
Selma Ferreira Albernaz, Lady |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1062
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Resumo: |
O presente estudo buscou compreender as relações e as concepções de gênero que se estabelecem no contexto dos afoxés do Recife e a sua interface com as religiões afrobrasileiras, sobretudo com o candomblé de culto nagô. Para tanto, focou a observação nas relações internas dos grupos e destes com outras organizações sociais. Os afoxés são grupos artístico-culturais fundados nas doutrinas religiosas dos cultos afrobrasileiros. A partir de sua relação com os terreiros, os grupos prestam devoção aos orixás, tendo-os como guias e recebem os cuidados religiosos de um Babalorixá e/ou Yalorixá. No seu ciclo de apresentações, o carnaval é um momento de dar visibilidade aos aspectos e valores sociais que compõem as bases da cultura africana no Brasil, onde os afoxés se inserem. Destacam-se a música, a dança, o vocabulário, os símbolos, os gestos, as vestimentas e demais elementos que circunscrevem estes grupos e fazem deles uma representação do candomblé na rua. Das observações realizadas, foi possível identificar que, do ponto de vista das relações de gênero no afoxé elas são informadas pelos preceitos das religiões africanas. Por um lado, o resultado é tentar impedir posições de poder para as mulheres, por outro lado e simultaneamente, são evocadas qualidades do feminino que lhes dão lugares de poder, força e proteção espiritual. Quanto às relações dos afoxés com outros grupos percebeu-se sua força potencial na transmissão de saber que os tornam, concomitantemente, representações religiosas; organizações negras; manifestações artísticas; instrumentos de resistência e de valorização da identidade afrobrasileira |