Diversidade molecular e morfológica de Microcaecilia taylori Nussbaum e Hoogmoed, 1979 (Amphibia: Gymnophyana: Siphonopidae) no sudeste do Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: CORREIA, Larissa Lima
Orientador(a): NUNES, Pedro Murilo Sales
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24880
Resumo: A integração de diferentes fontes de informação é atualmente reconhecida como a abordagem mais eficiente para investigar questões sistemáticas, uma vez que busca representar a complexidade biológica baseada em linhas de evidências independentes e complementares. Microcaecilia taylori é um anfíbio da ordem Gymnophiona que foi descrito, em 1979, com base em três exemplares do Suriname sem anéis secundários. Após 30 anos, a espécie foi registrada para o sudeste do Pará, Brasil. Estes novos exemplares apresentaram uma ampla variação no número de anéis secundários (0 a 21) e assim a diagnose da espécie foi modificada. Neste estudo, o objetivo foi caracterizar a diversidade molecular e morfológica de Microcaecilia taylori do sudeste do Pará, nos municípios de Parauapebas e Marabá, Brasil. Na abordagem molecular, fragmentos de dois genes mitocondriais (cytb e ND4) foram analisados para 127 espécimes visando elucidar suas linhagens evolutivas, diversidade e estruturação genética. Na abordagem morfológica, 18 caracteres morfométricos e nove merísticos de 67 espécimes representando as linhagens evolutivas reveladas pela abordagem molecular foram examinados e Análises de Componentes Principais (PCA) para os dados merísticos e morfométricos separadamente foram conduzidas a fim de revelar a existência de Morfogrupos dentro da amostragem. Evidências moleculares e morfológicas revelaram que M. taylori de Parauapebas e Marabá trata-se, na verdade, de um complexo de espécies. A análise bayesiana e a rede de haplótipos recuperaram dois Clados e Haplogrupos (A e B) (cytb: FCT = 0,97, distância genética = 17%; ND4: FCT = 0,98, distância genética = 19,8%). Em congruência, a PCA recuperou dois Morfogrupos (A e B) no espaço merístico, os quais são facilmente distinguíveis pelo caráter “anéis secundários”: ausente no Morfogrupo A e variando entre 10 e 21 no Morfogrupo B. Desse modo, apoiados em uma taxonomia integrativa por congruência uma nova espécie é descrita (Clado B; Microcaecilia sp. nov.) e o caráter diagnóstico de M. taylori (representada pelo Clado A) retorna a ser a ausência de anéis secundários.