O comportamento em informação de mulheres vítimas de violência doméstica - análise das barreiras sociais de acesso à informação, na perspectiva de Chatman
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencia da Informacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46202 |
Resumo: | Objetiva examinar as características do comportamento em informação das mulheres vítimas de violência doméstica com relação às barreiras sociais de acesso à informação. Os objetivos específicos foram: a) Descrever as circunstâncias que encorajaram as vítimas de violência doméstica a buscarem informações; b) Identificar o tipo de orientação que procuravam e que caracterizava a informação da qual necessitavam; c) Analisar o comportamento em informação das mulheres à medida que acessavam as informações no enfrentamento à violência. Do ponto de vista da abordagem metodológica, as reflexões desta pesquisa fazem menção aos trabalhos desenvolvidos na área da Ciência da Informação (CI) por Chatman (1996, 1999, 2000), especificamente nas suas análises das barreiras sociais de acesso à informação. Os dados foram coletados mediante três procedimentos específicos: análise documental, entrevistas semiestruturadas com profissionais do Centro das Mulheres do Cabo (CMC), e, por último, entrevistas semiestruturadas com quatro mulheres vítimas de violência doméstica que buscaram atendimento por meio do CMC. A exploração dos resultados foi realizada com base em análise de conteúdo e, assim sendo, as mensagens foram agrupadas em três categorias molares, e mais um reagrupamento de sete categorias moleculares. A primeira conclusão deste estudo é que a violência doméstica é a face mais perigosa e cruel de todas as coações e constrangimentos aos quais as mulheres estão submetidas. O estudo contribui para evidenciar as questões sociais que atravessam os fluxos informacionais. As normas sociais que conformam o comportamento em informação das mulheres entrevistadas são explicitadas na aceitação e naturalização dessa violência, mantendo em sigilo suas necessidades de informação, como um recurso de autoproteção, sendo razoável assumir que essas mulheres viviam em uma realidade de vida informacional empobrecida. Ademais, o estudo potencializou novos pontos de vistas sobre a importância e a magnitude social do movimento feminista, em específico o CMC, uma Organização não governamental (ONG) que atua em diversas frentes no enfrentamento à violência doméstica e ao feminicídio. |