A fala do médium e do doutor: A construção histórica do discurso médico e umbandista
Ano de defesa: | 1990 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17033 |
Resumo: | A organização das instituições médicas e umbandistas no Brasil, acompanhou transformações sociais simultâneas a estruturação do Estado Nacional brasileiro, incipiente no século XIX. Na era Vargas, apesar da intensa repressão policial aos sistemas religiosos-terapeuticos populares, surgiram as primeiras federações de Umbanda, "embranquecedoras" dos cultos afro-brasileiros, e ao mesmo tempo, propiciadoras de que a nova religião resgatasse heterogêneos saberes e práticas de cura popular. Associado a uma analise histórica dos discursos de tais instituições, foi realizada uma pesquisa de campo, no presente trabalho, onde ocorreram uma observação sistemática e entrevistas semi-diretivas com os agentes médicos e umbandistas da Uila de Ouro Preto, em Olinda. Nesta comunidade urbana, moderno-conteporânea, a Umbanda apareceu como uma religião cujas reelaborações internas evitaram a desagregação de elementos terapêuticos tradicionais. Por sua vez, a instituição médica, naquela vila, congruente com a Reforma Sanitaria do município, efetivada de 1982, apresentou uma continuidade no seu papel social de controle, através de uma avançada proposta de educação sanitária. Assim, tanto a analise histórica dos discursos, quanto análise de conteúdo das respectivas falas médicas e umbandistas na vila, procuraram interpretar a mediação simbólica, como estratégia de hegemonia e contra-hegemonia, entre relação de dominação de classes e mecanismos de persuasão, resistência e adaptação sócio-cultural. |