Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
OLIVEIRA, Rafaela Alves de |
Orientador(a): |
ROHDE, Cláudia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude Humana e Meio Ambiente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39579
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Resumo: |
A radiação ionizante pode causar diversas alterações genéticas nos organismos, tais como as mutações no DNA e o desenvolvimento de câncer na população humana. Esse é um tema relevante na região semiárida do Nordeste do Brasil, pois são encontradas grandes reservas de Urânio, um elemento radiativo instável cujo decaimento dá origem ao gás radônio, que tem grande capacidade de dispersão na água, ar e solo. No estado do Rio Grande do Norte está localizada a cidade de Lajes Pintadas, situada sobre um afloramento rochoso denominado Província Pegmatítica da Borborema. Diante disso, foi objetivo deste estudo investigar o efeito da radiação natural sobre organismos residentes, tais como Zaprionus indianus (Diptera, Drosophilidae), a espécie mais abundante entre os drosofilídeos locais. Para tanto, foi aplicada a metodologia do ensaio cometa, em hemócitos de larvas cultivadas por seis dias em Lajes Pintadas e em Santa Cruz, no estado do Rio Grande do Norte. Como grupo controle negativo ambiental foram coletados indivíduos no Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco, local sem registro de radiação natural ou poluição. Os experimentos foram realizados em dois momentos (2017 e em 2018), com diferentes linhagens de indivíduos residentes, e em triplicatas. A fim de verificar presença de radiorresistência, organismos residentes nos dois municípios e no local controle ambiental foram primeiramente coletados, depois cultivados em laboratório por três meses, e seus descentes foram expostos aos locais de origem (Lajes Pintadas e Santa Cruz). Após a coleta da hemolinfa em larvas crescidas por seis dias nos locais, foi aplicada a metodologia do ensaio cometa, que permitiu o registro dos níveis de danos genéticos induzidos pelos ambientes naturais. Foi confirmada a hipótese de que indivíduos residentes em Lajes Pintadas são radiorresistentes, uma vez que o grupo controle ambiental sofreu danos genéticos estatisticamente superiores. Em Santa Cruz tanto o grupo de residentes quanto o grupo controle ambiental não sofreram danos genéticos. Este resultado, entretanto, foi observado em 2018 e não em 2017, o que não pode ser explicado nas condições experimentais deste trabalho. Os resultados obtidos em Lajes Pintadas com Z. indianus corroboram resultados anteriores, feitos com Drosophila melanogaster do mesmo local, e indicam que esta condição adaptativa se estabeleceu nas últimas duas décadas de colonização da espécie no semiárido do Nordeste, desde seu primeiro registro no Brasil, em 1999. |