Análise da toxicidade, citotoxicidade e genotoxicidade de efluentes da estação de tratamento de esgoto multifabril mediante sistema-teste Allium cepa L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: ARAÚJO, Natércia Corrêa de
Orientador(a): VIDAL, Ana Christina Brasileiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Genetica e Biologia Molecular
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56376
Resumo: Os tratamentos das águas residuárias são obrigatórias por lei para melhoria dos efluentes lançados no meio ambiente. A toxicidade da água pode afetar diretamente os seres vivos em nível celular e genético. A Estação de Tratamento de Efluentes Multifabril localizado na região metropolitana do Recife recebe efluentes de 14 indústrias de diferentes setores, cujo tratamento consiste em três lagoas sequenciais. O trabalho visou avaliar o comportamento físico-químico das lagoas da ETE Multifabril, bem como sua toxicidade, citotoxicidade e genotoxicidade mediante sistema-teste Allium cepa. Análises mostraram valores de Matéria Orgânica (DQO e DBO filtradas) do afluente de 1301,8 e 225 mg O2/L, enquanto, ao final da terceira lagoa, foram de 250,7 e 150 mg O2/L, respectivamente, indicando degradação da matéria orgânica em suspensão. As amostras das três lagoas apresentaram toxicidade em relação à precocidade da germinação das sementes quando comparada ao controle negativo (CN). Não houve citotoxicidade na entrada do sistema. Contudo, houve aumento significativo da citotoxicidade nas amostras das três lagoas, em relação ao CN, variando de 9,83% (lagoa 1) a 11,44% (lagoa 3). Na genotoxicidade, as três lagoas apresentaram aumento significativo de alterações cromossômicas, variando de 1,60%, na lagoa 1 a 2,20% na lagoa 3, em relação a CN (0,62%). Os resultados indicam, que apesar da melhoria dos aspectos físico-químicos e da toxicidade ao final do processo de tratamento da ETE Multifabril, onde houve um aumento da concentração de matéria orgânica biodegradavel, os efluentes mantêm a citotoxicidade e a genotoxicidade provavelmente devido à presença de subprodutos da biodegradação.