Cartografando controvérsias urbanas : o Parque Capibaribe, o bairro das Graças e o exercício do direito à cidade no Recife
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Comunicacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41652 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objetivo cartografar e analisar a articulação em rede em torno da produção do espaço urbano, enfocando, especialmente, o exercício do direito à cidade pela sociedade civil. Para isso, nos valemos metodologicamente da cartografia da controvérsia e da análise de conteúdo para nos debruçarmos sobre disputa no bairro das Graças, no Recife, em que dois projetos com propostas divergentes estiveram em discussão, até que um deles foi escolhido para a área. Observamos analiticamente o contexto comunicacional da controvérsia para compreender quais foram seus principais agenciamentos e quais repercussões eles tiveram na solução do impasse. Para mapear a dinâmica da controvérsia, no que diz respeito ao arcabouço teórico mobilizado tanto na metodologia quanto na análise dos dados levantados, trabalhamos com a teoria do ator-rede postulada por Bruno Latour (2012), bem como seus desdobramentos metodológicos consolidados na cartografia da controvérsia, sistematizada por Tommaso Venturini. Já para a análise do conteúdo (Laurence Bardin, 2011) coletado, mobilizamos as noções de Henri Lefebvre (1968) e David Harvey (2014) sobre direito à cidade. Entre outros teóricos, recorremos ainda às postulações de Michel de Certeau (1994) sobre a reapropriação do espaço e a abertura de fissuras dentro de uma estratégia já estabelecida, bem como às reflexões de André Lemos sobre territorizalização e desterritorialização e de Henry Jenkins sobre propagabilidade e atos de curadoria (2014). Como resultado, identificamos que os agenciamentos realizados pela Associação por Amor às Graças, enquanto ator-rede da controvérsia, evidenciam o exercício do direito à cidade, uma vez que as mobilizações e articulações do grupo desempenharam papel decisivo na transformação do espaço urbano, estabelecendo o sentido de construção coletiva em detrimento da lógica de consumo da cidade. Tais agenciamentos revelaram, ainda, a prevalência de um hibridismo tático que se mostrou determinante na dinâmica e na solução da controvérsia. |