Avaliação da sustentabilidade do setor hospitalar que presta serviços públicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ROCHA, Sandra Patrícia Bezerra
Orientador(a): SANTOS, Solange Laurentino dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente - Doutorado Nacional em Rede
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38159
Resumo: Em 31 anos de existência, o Sistema Único de Saúde (SUS) tornou possível uma reformulação do Sistema de Saúde Brasileiro na busca por oferecer, com menos desigualdades, atendimentos assistenciais de saúde universal e abrangente à população. Apesar dos esforços, muitos são os desafios para obtenção e manutenção dos níveis de sustentabilidade satisfatórios, sobretudo para os estabelecimentos hospitalares que prestam serviços públicos no Brasil. O objetivo do estudo foi construir um modelo para avaliação da sustentabilidade de hospitais que prestam serviços públicos sob a ótica das dimensões de sustentabilidade estratégica, econômica, social, ambiental e técnica. O método utilizado foi pesquisa aplicada e descritiva com abordagem qualitativa e quantitativa. Adotaram-se as técnicas de pesquisa documental, bibliográfica, de campo e entrevistas aplicadas à amostra não probabilística intencional nos dois maiores hospitais que prestam serviços públicos de Aracaju. A coleta dos dados primários foi realizada em cinco etapas mediante entrevista. Para construção do modelo composto pelos sessenta e sete indicadores, distribuídos nas três dimensões do triple botton line (TBL) e nas dimensões inéditas: estratégica e técnica, mensuração deles e dos índices de sustentabilidade dos hospitais, utilizou-se o Marco para Avaliação de Sistema de Manejo Incorporando Indicadores de Sustentabilidade (MESMIS) e Calório (1997). Como resultado, o hospital 1 (H1) obteve um índice de sustentabilidade, por MESMIS, de 43,1%, e o hospital 2 (H2), de 42%, ambos classificados com grau de média sustentabilidade e, por CALÓRIO, de 41.34% para o H1 e de 41,66% para o H2, confirmando a média sustentabilidade para ambos os hospitais. Os principais ofensivos para o grau de média sustentabilidade identificados para o H1 foram, na dimensão estratégica, falta de definição de sua missão e visão; na dimensão econômica, gestão do custo com a satisfação dos pacientes; na dimensão social, promoção do bem-estar e satisfação dos funcionários; na dimensão ambiental, gestão dos requisitos legais e aspectos ambientais e, na dimensão técnica, inexistência de plano de emergência e brigada de incêndio. Para o H2, na dimensão estratégica, compartilhamento de informações gerenciais; na dimensão social, desenvolvimento profissional e, na dimensão ambiental, gestão dos requisitos legais e aspectos ambientais. Portanto, foi possível propor ações para melhoria do grau de sustentabilidade de forma direcionada e mais efetivas, proporcionando hospitais mais sustentáveis e com a prestação de serviços assistenciais à população com melhor qualidade.