Andanças que cortam os caminhos da razão: as vivências insanas e a atuação da reforma psiquiátrica em Campina Grande PB

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Saionara Leandro Brito, Fátima
Orientador(a): Torres Montenegro, Antonio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7542
Resumo: Os movimentos da reforma psiquiátrica começaram a ganhar força a partir da década de 1980 no Brasil, produzindo inúmeras rasuras na história da psiquiatria. Assim, o hospício e a psiquiatria, tidos como detentores da loucura, começaram a ser contestados por outras áreas do saber tais como a psicologia e a psicanálise. Vários embates foram se instaurando em torno dos sujeitos nomeados de loucos, até que em 2001 foi promulgada a lei 10.216 da reforma psiquiátrica, que legitima as ações dos reformadores em saúde mental. Diante disso, o presente trabalho narra uma história da reforma psiquiátrica instaurada em Campina Grande e sua atuação no Hospital João Ribeiro. Trata-se do processo de intervenção ocorrido nessa instituição no ano de 2005, o qual culminou no seu descredenciamento e desativação por parte do Ministério da Saúde. A proposta é analisar e discutir os enunciados da reforma psiquiátrica que retiraram do silêncio as práticas assistenciais presentes dentro daquela casa hospitalar e estimularam a produção da memória desta instituição por meio da mídia, dos profissionais da área da saúde mental e dos familiares. Para a construção dessa história, elegi fontes como alguns textos de memorialistas que abordam o tema da loucura, as atas da Câmara dos Vereadores, onde algumas discussões foram travadas acerca desse processo, os jornais locais, a legislação brasileira que versa sobre a assistência psiquiátrica, a historiografia local e os relatos orais de memória de alguns atores históricos. Além dessas fontes, estão em constante diálogo com este trabalho, a produção nacional e internacional sobre a reforma psiquiátrica. Por meio da análise destas fontes viso mostrar a singularidade desse processo e, sobretudo, as suas ligações com outros acontecimentos históricos sobre a temática em questão