Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
ROSA, Talita Atanazio |
Orientador(a): |
ROLIM NETO, Pedro José,
SILVA, Rosali Maria Ferreira da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34315
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Resumo: |
Medicamentos em associação dose fixa (ADF) são importantes no tratamento do Vírus da Imunodeficiência Humana por diminuir a complexidade e a falha terapêutica. Por isto, em 2011, foi desenvolvido na Universidade Federal de Pernambuco um comprimido ADF contendo zidovudina, lamivudina e efavirenz (EFZ), porém o estudo de estabilidade necessário não foi realizado. Por outro lado, vem sendo questionado se a forma polimórfica I do EFZ, utilizada em formas farmacêuticas comerciais, seria a mais adequada em relação a parâmetros de dissolução e estabilidade. Logo, este trabalho objetivou desenvolver método indicativo de estabilidade (MIE) por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) para o comprimido ADF, além de investigar as condições de obtenção do polimorfo II do EFZ e desenvolver métodos de quantificação deste polimorfo em misturas contendo o polimorfo I. Para o desenvolvimento do MIE foram testadas diferentes condições, o melhor resultado foi obtido a partir de gradiente utilizando água e acetonitrila a 0,5 mL.min⁻¹, coluna Supelco® C18 (250 x 4,6 mm, 5 μm) a 30°C e tempo de análise de 50 min. No entanto, ajustes ainda devem ser realizados para separar devidamente os produtos de degradação. Em relação à obtenção do polimorfo II, após avaliar diferentes condições, foi escolhida realizar a cristalização de EFZ em metanol a 20 mg.mL⁻¹ e temperatura entre -4 a 4°C em recipientes abertos. Os polimorfos I e II foram caracterizados por microscopia eletrônica de varredura, difração de raios X, calorimentria diferencial de varredura, polarimetria, dissolução intrínseca e espectroscopias de infravermelho e Raman. Os resultados obtidos mostraram-se semelhantes aos da literatura, com exceção do teste de dissolução intrínseca. Foram ainda realizadas análises de espectroscopia na região do infravermelho próximo (NIR) e de Terahertz, ainda não descritas para o EFZ, tendo sido possível diferenciar as duas formas por essas técnicas. Após a caracterização, procedeu-se o desenvolvimento de métodos de quantificação por espectroscopia na região do infravermelho médio (MID), NIR (equipamentos de bancada e portátil) e Raman (equipamentos de bancada e portátil) utilizando modelos de calibração multivariada por regressão de Mínimos Quadrados Parciais (PLS). Além disso, a performance dos modelos construídos foi avaliada com o uso de técnicas de pré-processamento dos dados e de seleção de variáveis. Em geral, as técnicas de infravermelho resultaram nos melhores modelos, com erro em torno de 5% (m/m), sendo que o erro analítico do MID foi reduzido para em torno de 4% (m/m) com o uso da seleção de variáveis por iPLS. Por outro lado, a espectroscopia Raman resultou em maior erro, mesmo com o uso de técnicas de seleção de variáveis. Neste trabalho, portanto, foram desenvolvidos métodos de quantificação de misturas polimórficas (formas I e II) de EFZ inéditos na literatura, sendo os melhores resultados obtidos por espectroscopia de infravermelho utilizando equipamento de bancada ou portátil. A técnica utilizada é simples, de baixo custo e, devido a facilidade do uso de instrumentos portáteis, poderá futuramente ser utilizada não apenas para estudo da estabilidade do polimorfo II do EFZ, como também em processos -at, -in, -online de monitoramento da qualidade. |