Efetividade da implementação de um programa educativo no controle metabólico de crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: LEITE, Marcela Nóbrega de Lucena
Orientador(a): LIMA, Marília de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15484
Resumo: O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença crônica que acomete um grande número de crianças em todo o mundo e o seu controle inadequado está relacionado a uma alta frequência de complicações agudas e crônicas. Portanto, o objetivo deste estudo foi verificar a efetividade de um programa educativo com crianças e adolescentes portadores de diabetes mellitus tipo 1. Trata-se de um estudo de intervenção quase-experimental do tipo antes e depois com 76 crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1, com idade entre 2 e 18 anos. O programa educativo em diabetes consistiu em reuniões semanais realizadas no período de março de 2013 a fevereiro de 2014, nas quais cada paciente participava de quatro reuniões, uma a cada três meses, e os temas eram abordados de forma homogênea, para que não houvesse diferença de informações entre os grupos. Os principais desfechos avaliados foram: controle metabólico e frequência de complicações agudas e, como co-variáveis, adesão ao tratamento e às mudanças de estilo de vida. Observamos independência significantemente maior das crianças e adolescentes na aplicação de insulina antes e após a intervenção (25% vs 42,1%), maior adesão parcial à mudança na dieta (31,6% vs 57,9%), melhor compreensão acerca da doença por parte das crianças e adolescentes e seus cuidadores, redução na resistência ao uso da insulina (22,4% vs 7,9%) (p=0,09) e aumento significante da ausência de internamentos (60,5% vs 94,7%). Em relação à hemoglobina glicada, não foi observada diferença significante de sua concentração antes e após a intervenção. Concluímos que o grupo educativo foi uma ferramenta útil para melhorar a adesão ao tratamento e, consequentemente, contribuir para uma redução da frequência de complicações agudas, apesar de não termos observado melhora no perfil metabólico, avaliado pela medição da hemoglobina glicada. A participação de uma equipe interdisciplinar é de grande valia para estimular a adesão ao tratamento, bem como a participação da família, propiciando uma melhor compreensão da doença e motivação para aderir à terapêutica.