Associação da migrânea e estresse na performance acadêmica

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: BEZERRA, Francimar Nipo
• Orientador(a): VALENÇA, Marcelo Moraes
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Estresse Psicológico; Transtornos de enxaqueca; Baixo rendimento escolar
• Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30999

INTRODUÇÃO - Uma pesquisa desenvolvida no Brasil entre estudantes universitários de diferentes cursos da cidade de Ribeirão Preto/SP, estimou que entre os enxaquecosos, o desempenho escolar foi menor do que entre aqueles que sofriam cefaleia do tipo tensional. Questões relacionadas à vida acadêmica são reconhecidas como fatores desencadeadores de níveis elevados de estresse e migrânea, que geram redução no desempenho escolar e alteração da qualidade de vida do discente. OBJETIVOS - Geral: Analisar a associação entre migrânea e estresse na reprovação entre estudantes universitários. Específicos: Descrever as características sócio demográficas e acadêmicas dos estudantes universitários; estimar a prevalência de migrânea entre universitários; avaliar os fatores estressores e a intensidade do estresse entre universitários; correlacionar a ocorrência de migrânea com os fatores estressores; analisar a ocorrência de migrânea e cefaleia não migranosa com a intensidade do estresse; correlacionar a ocorrência de reprovação com a migrânea e a cefaleia não migranosa; analisar a ocorrência de reprovação com a intensidade do estresse; correlacionar a ocorrência de reprovação com os fatores estressores. MÉTODO - Estudo do tipo transversal, desenvolvido no Departamento de Enfermagem da UFPE. A amostra foi composta por 197 discentes com os critérios de inclusão: ser maior de 18 anos de idade, cursando do segundo ao décimo período da graduação, e que regularmente matriculados. O período de coleta foi de março 2015 a agosto de 2017. Os instrumentos de coleta utilizados foram: caracterização da amostra e da cefaleia, Teste do Impacto da Cefaleia e o Instrumento para Avaliação de Stress em Estudantes de Enfermagem. A análise do estresse foi realizada por meio do cruzamento com fatores estressores citados pelos participantes do estudo e avaliação da intensidade do estresse, enquanto que a apreciação da migrânea se deu por meio da ocorrência de migrânea, provável migrânea. A performance acadêmica foi avaliada pela presença ou não de reprovação referida pelos discentes. Pesquisa aprovada pelo parecer número 947615. RESULTADOS – A maioria dos participantes, 95,9%, sofria de dor de cabeça, destes 32,5% tinham migrânea. Os fatores estressores da graduação mais citados foram: carga horária integral, 40,3%; provas e trabalhos, 38,2%; gerenciamento do tempo, 30,9%; sobrecarga de conteúdos e atividades, 30,9%. Verificou-se que em todos os domínios do estresse o maior percentual foi classificado com baixa intensidade do estresse. Com relação aos cruzamentos, observou-se que houve associação significativa entre a ocorrência da reprovação em migranoso de elevado impacto (HIT grave), a associação entre a ocorrência de reprovação e intensidade do estresse foi significativa e houve relação significativa entre a classificação do HIT 6 e a intensidade do estresse. DISCUSSÃO – Sabe-se que alimentação rica em nutrientes, atividade física regular e de lazer, pode contribuir para a redução dos níveis de estresse e migrânea nos indivíduos. Destaca-se também a importância das intervenções realizadas pela direção de Instituições de Ensino e por docentes, a fim de promover a saúde e contribuir para um maior aproveitamento acadêmico. CONSIDERAÇÕES FINAIS - Um estilo de vida saudável, pode contribuir para a redução dos níveis de estresse e migrânea, e consequentemente, melhorar a performance acadêmica.