Potencial efeito tóxico-genético em Drosophila melanogaster submetida à contaminação ambiental por metais pesados e radônio no Semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Charles do Nascimento
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40054
Resumo: Este estudo investigou o efeito genotóxico de poluentes ambientais naturais, tais como metais pesados e Radônio, presentes no açude do município de Lucrécia, Rio Grande do Norte, Brasil, usando o organismo-modelo Drosophila melanogaster (Insecta, Diptera). Os resultados doo Ensaio cometa indicaram efeito genotóxico nas células da hemolinfa de larvas que foram alimentadas por 24 horas em meio de cultivo hidratado com as amostras de água coletada na estação chuvosa (janeiro, 2019). Na repetição realizada com amostras de água da estação seca (novembro, 2019) os resultados demonstraram ausência de efeito genotóxico, sendo semelhantes estatisticamente aos obtidos no grupo controle negativo, mantido em meio hidratado com água destilada. Não houve presença de Radônio em níveis acima dos permitidos em nenhuma das amostrasde água, nas duas estações do ano, e não foram registrados metais pesados (Ag, Al, Cd, Co, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni, Pb e Zn) em níveis acima do permitidonas na amostra de água da estação seca. Os organismos foram também testados para um possível efeito de Radônio atmosférico, após exposição de larvas de D. melanogaster em caixas de populações expostas no entrono do açude de Lucrécia, por seis dias. Neste caso, amostras de indivíduos descendentes coletados tanto em Lucrécia (denominados residentes) quanto da linhagem Oregon-R (linhagem genética padrão de estudos tóxico-genéticos) não sofreram danos genotóxicos associados a uma possível presença do gás Radônio no ar. O conjunto dos resultados foi comparados aos realizados com amostras de água do açude de Parelhas, situado a 146 km de distância, gerando um artigo científico que dá destaque ao uso D. melanogaster como organismo sentinela para fins de bioindicação ambiental da qualidade de águas de açudes do semiárido do Brasil, onde há afloramentos superficiais de rochas ricas em Urânio e Tório.