Volumetria por ressonância magnética e frequência de pontos gatilhos miofasciais no músculo trapézio descendente em mulheres jovens com migrânea
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17228 |
Resumo: | Introdução: Mecanismos centrais e periféricos estão envolvidos na patogênese da migrânea, estímulos nociceptivos de músculos cervicais podem ter influência no desencadeamento e frequência das crises. Objetivo: analisar a volumetria do músculo trapézio através de imagens de ressonância magnética (RM) em mulheres com migrânea e comparar com grupo sem cefaleia e correlacionar os valores com as características clínicas da migrânea, quantidades de pontos gatilhos miofasciais (PGMs) e amplitude de movimento cervical. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, com grupo controle. Foram incluídas no estudo 14 mulheres com idade entre 18 e 28 anos (23,36 ± 1), divididas em dois grupos: migrânea (n=8) e sem cefaleia (n=6). As participantes foram submetidas a um exame neurológico para diagnóstico da cefaleia de acordo com os critérios da sociedade internacional de cefaleia (ICHD III – versão beta). Posteriormente passaram palpação e marcação dos pontos gatilhos miofasciais (PGMs) utilizando uma capsula com ácido linolênico e avaliação das amplitudes de movimento cervicais por um examinador cego em relação aos grupos. Em seguida foi realizado exame de ressonância magnética com scanner Philips Intera 1,5 T, nas sequências ponderadas em T1 e T2 nos planos axial, sagital e coronal. A segmentação foi realizada utilizando o software Display no plano axial. Resultados: O volume dos músculos trapézio foi menor no grupo migrânea no lado direito (p= 0,002) e esquerdo (p=0,014). Foi constatado maior quantidade de PGMs no grupo migrânea no lado direito (p= 0,033) e no lado esquerdo (p=0,035). O volume no músculo trapézio está correlacionado negativamente com a intensidade das crises (p<0,001). Foi observada correlação positiva entre a quantidade de PGMs totais, com a intensidade (p=0,03), duração (p=0,002) e frequência (p=0,002) das crises. Observamos correlação positiva entre os valores de amplitude de movimento cervicais e a volumetria: volume direito com flexão (p=0,004), extensão (p=0,001), inclinação lateral esquerda (p=0,02) e rotação esquerda (p=0,03). E volume esquerdo com flexão (p=0,03), extensão (p=0,008). Inclinação lateral direta (p=0,01), esquerda (p=0,001) e rotação direita (p=0,01). Conclusão: Mulheres com migrânea apresentam menores medidas de volume e maiores quantidade de PGMs no músculo trapézio em comparação ao grupo controle, havendo correlação com a intensidade das crises e quantidade de PGMs no lado esquerdo, e amplitudes de movimento cervical. |