Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
AGUIAR, Lethícia Maria de Souza |
Orientador(a): |
NAPOLEÃO, Thiago Henrique |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44447
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Resumo: |
Leishmaniose é uma doença negligenciada, considerada uma zoonose, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania. Os fármacos utilizados para seu tratamento são de uso limitado devido a fatores como toxicidade e alto custo, o que estimula a busca por novos medicamentos. As lectinas são proteínas que se ligam a carboidratos e apresentam diversas atividades biológicas, incluindo antiparasitária. Este estudo avaliou a atividade anti-Leishmania da lectina de fronde de Microgramma vacciniifolia (MvFL) sobre amastigotas intramacrofágicas e promastigotas de Leishmania amazonensis, bem como alterações nos níveis celulares de óxido nítrico (NO) em macrófagos peritoneais murinos infectados. Foram avaliadas também as atividades lisossomal e fagocítica de macrófagos não infectados tratados com MvFL e a atividade hemolítica sobre eritrócitos de camundongo e humanos (tipos A+, B+, AB+, e O+). Após 24 h, MvFL, nas concentrações testadas de 6,25-100 μg/mL, inibiu de forma dose-dependente, o crescimento de promastigotas de L. amazonensis com CI50 (concentração necessária para inibir em 50%) de 88 μg/mL. MvFL também inibiu a sobrevivência da amastigotas dentro dos macrófagos, nas concentrações de 22,5-90 μg/mL com CI50 de 52 μg/mL, incubados durante 48 h, reduzindo o número de amastigotas internalizadas por macrófago infectado em 68,9±0,53% na concentração de 90 μg/mL. Não houve indução da produção de NO em nenhuma das concentrações testadas. Macrófagos não infectados incubados durante 72 h com MvFL a 25 μg/mL apresentaram atividade lisossomal estimulada, enquanto não houve diferença na atividade fagocitária de macrófagos tratados ou não com a lectina. Por fim, MvFL não apresentou atividade hemolítica relevante sobre nenhum dos tipos de eritrócitos testados, apresentando CH50 (concentração capaz de causar 50% de hemólise) > 200 μg/mL. Em conclusão, MvFL é um potencial agente leishmanicida para investigação em modelos in vivo contra leishmaniose. |