Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
FREITAS, Altiere Dias de |
Orientador(a): |
MORAIS, Jorge Ventura de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33792
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Resumo: |
Em seus escritos Mignolo faz uma crítica contundente à matriz de conhecimento “moderno/colonial” que aparece como um dos elementos chave na manutenção de um padrão de poder hierarquizador e racista, a “colonialidade”. Nessa perspectiva, a epistemologia dominante, incluindo o conjunto das ciências sociais, contribui para o silenciamento e apagamento da experiência e dos saberes dos “subalternos da colonialidade”. No entanto, Mignolo alega ser possível criar uma teorização inovadora e “desobediente”, capaz de, no contato com as coletividades que sofrem opressão e apagamento da experiência, promover um “pensamento outro”. Esse “giro decolonial” exige uma transformação profunda na base de conhecimentos e nas práticas daqueles que se interessam de forma acadêmica, ética e prática pelos destinos dos “Outros” do pensamento universalista ocidental. Na narrativa de Mignolo, surgem vários exemplos desse “pensamento limiar” e o próprio autor argentino parece dramatizar a sua perspectiva como um exemplo dessa nova prática intelectual. Com o auxílio do pragmatismo de Richard Rorty e de Williams James, argumento que apesar de Mignolo se identificar com um ideal normativo de “intelectual”, o “intelectual decolonial”, e de ter elementos em sua teoria que, de fato, indicam novas práticas intelectuais, acaba caindo nos dilemas de um “ironista”. Isso significa que características que ele julga negativas, tal como o caráter imperialista e autolegitimador do pensamento racional, se insinuam em sua teorização. Alego, contudo, que existe uma dimensão do pensamento de Mignolo que impulsiona uma relação dialógica, rica e transformadora com grupos sociais e coletividades submetidos à colonialidade. Essa expressão de sua obra é passível de receber contribuições de um “pragmatismo social”. O resultado é um “conhecimento impossível” que pode ser posto a serviço da compreensão teórica e de ações práticas que visem melhorar a vida dos damnés. |