Transitividade e construção de sentido no gênero editorial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Medianeira de Souza, Maria
Orientador(a): Paiva Dionisio, Angela
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7609
Resumo: Este trabalho tem como objetivo geral analisar a transitividade no gênero editorial por entender que essa categoria léxico-gramatical, da forma como é concebida pela Lingüística Sistêmico-Funcional, contribui para a construção da opinião na variação desse gênero. Mais especificamente, com o intento de traçar o perfil do editorial, este trabalho estabelece semelhanças e diferenças na variação desse gênero a partir da descrição e interpretação dos recursos multimodais utilizados e da investigação do papel do sistema de transitividade na construção de sentido do editorial. Respaldam esse empreendimento, os pressupostos básicos da Lingüística Sistêmico-Funcional, em especial aqueles relativos ao Sistema de Transitividade; os Estudos sobre Gêneros Textuais e sobre a Multimodalidade Discursiva, assentados na noção de língua como atividade social. O corpus desta pesquisa é formado por 72 editoriais extraídos dos jornais Folha de São Paulo, Jornal do Comércio e Folha de Pernambuco e das revistas Veja, Época, Uma e Todateen. Os 72 editoriais investigados contêm 31.444 palavras representadas nas 767 orações analisadas. A averiguação do sistema de transitividade, nesse conjunto de orações exemplificado ao longo do trabalho e em catorze editoriais em sua totalidade, nos proporcionou resultados, os quais nos permitem concluir que: (i) os tipos de processo constroem a opinião no editorial, principalmente, ao apresentar ações e eventos, (processos materiais), e ao classificar e definir, (processos relacionais). Mas também ao relatar discursos, (processos verbais), criar entidades, (processos existenciais) e externar experiências cognitivas ou afetivas, (processos mentais), de modo que o sistema de transitividade cumpre, de variadas formas, a função de representar as experiências do mundo, externas ou internas, e, dessa forma, contribui para a construção do sentido no gênero editorial. (ii) os participantes, por sua vez, representam as entidades da esfera publica e privada nos editoriais, conferindolhes dinamicidade, ressaltando traços, exortando virtudes, atribuindo atitudes e características. (iii) enfim, os diferentes modos de argumentar, realizados pelos tipos de processos, participantes e circunstâncias, na relação com outras escolhas, expressam a opinião nos editoriais, comprovando que o sistema de transitividade tem mesmo um papel a desempenhar na construção do gênero editorial