Análise clínico-econômica dos benefícios previdenciários concedidos por doenças cardiovasculares na cidade do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MORATO FILHO, Adilson da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30637
Resumo: Os benefícios previdenciários refletem o impacto socioeconômico gerado pela incapacidade ao trabalho por motivo de doença. As doenças cardiovasculares (DCVs) são as principais causas de mortalidade e morbidade, no mundo. O objetivo deste estudo foi avaliar clínica e economicamente os benefícios previdenciários concedidos por DCVs no Recife, no quinquênio 2011-2015. O estudo foi descritivo, de corte transversal, com coleta de informações e análise dos benefícios por incapacidade pelas DCVs, através do Sistema Único de Informações de Benefícios. No quinquênio 2011-2015 foram concedidos 186.058 benefícios. Destes, 8.968 (4,8%) foram por DCVs, dentre os quais 6.049 (67,5%) foram selecionados para o estudo, por serem apontados com maior frequência em estudos prévios. Cerca de 78% dos beneficiários eram masculinos e 63,8% estavam na faixa etária entre 45 e 59 anos. O acidente vascular encefálico (AVE) foi considerado DCV por estar inserido no processo aterosclerótico semelhante com as demais DCVs, sendo a causa mais frequente do benefício cardiovascular (29,1%), seguido da hipertensão arterial sistêmica (HAS - 20,1%). As medianas de duração de afastamento ao trabalho foram maiores no AVE e na insuficiência cardíaca (IC), 135 dias e 138 dias, respectivamente. As medianas do valor total do benefício foram maiores na IC e no AVE, R$ 3.952,94 e R$ 3.897,87, respectivamente. Neste estudo, a frequência dos benefícios cardiovasculares foi menor do que a relatada na literatura, e ocorreu principalmente em indivíduos masculinos, no ápice do desenvolvimento profissional, que se encontravam majoritariamente na quarta até a sexta década de vida. Embora a HAS não acarrete um período tão longo de afastamento ao trabalho pela rápida recuperação e consequentemente não seja tão dispendiosa, ela deveria ser identificada e prevenida, por constituir causa importante de AVE e IC, as duas DCVs responsáveis, neste estudo, por maior custo e número de dias de absenteísmo ao trabalho.