Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
MAIA, Juliana Netto |
Orientador(a): |
MORAES, Silvia Regina Arruda de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8175
|
Resumo: |
Neste estudo avaliou-se o efeito do exercício físico sobre a instalação da neuropatia periférica em ratos com diabetes experimental. Foram utilizados 40 ratos machos, adultos, da linhagem Wistar. Estes foram divididos em 4 grupos: controle sedentário (GCS), controle exercitado (GCE), diabético sedentário (GDS), diabético exercitado (GDE). A indução do diabetes foi realizada nos animais, com 60 dias de vida, através da administração intraperitoneal de estreptozotocina, dose única de 60 mg/kg. O protocolo de exercício constou de natação durante 6 semanas. Na primeira semana os animais começavam com 10 minutos e a cada dia ocorria um acréscimo de mais 10 minutos, terminando a primeira semana com treino 50 minutos. Nas cinco semanas seguintes o treino era realizado por 60 minutos, 5x/sem. Semanalmente eram registrados a glicemia, o peso, a velocidade de condução nervosa (VCN) e a amplitude do potencial de ação do nervo caudal. Após as 6 semanas os animais foram anestesiados com solução de Cloridato de ketamina (50 mg) e de Xilasina a 2% (20 mg) (0,2 mL/100g), em seguida o nervo ciático, foi dissecado e cortado proximalmente, seguindo para uma pré-fixação realizada com solução Karnowisky por 24h a 4°C, depois pós-fixado com solução de tetróxido de ósmio e processado para obtenção de cortes semi-finos (0,5μm), corados com azul de toluidina. Foram avaliadas a área de secção transversa do nervo ciático, a quantidade, densidade e o tipo de fibras nervosas mielínicas de 4 animais de cada grupo, escolhido aleatoriamente. A análise estatística foi realizada utilizando a média dos valores ± desvio-padrão e o teste T Student para dados paramétricos, e valores da mediana ± erro-padrão e teste Teste U de Mann-Whitney para dados não paramétricos, sendo p < 0,05; para análise dos valores eletrofisiológicos utilizou-se ANOVA, confiabilidade de 0,05. Ao final do experimento podemos perceber que os animais do GDS apresentaram peso significativamente mais baixo que os do GCS. Após a indução do diabetes os níveis glicêmicos dos animais diabéticos mostraram-se significativamente maior que os do grupo controle. Ao final do experimento o grupo diabético exercitado apresentou glicemia significativamente menor em relação ao grupo diabético não exercitado. A VCN demonstrou não diferir entre os grupos diabéticos, porém quando comparamos grupo diabético com sedentários os primeiros apresentaram VCN mais baixas. Em relação aos parâmetros avaliados: número de fibras mielínicas, área de secção transversa do nervo ciático e densidade de fibras mielinizadas, ao se comparar os valores entre os grupos diabéticos, controle, sedentários e exercitados não encontramos nenhuma diferença. As fibras estudadas foram classificadas em pequenas, intermediárias e grandes. Ao se comparar o número de fibras intermediárias entre os grupos sedentários houve uma diferença significativa nos valores de suas médias. A comparação entre os grupos com os demais tipos de fibras não apresentou diferença Diante destes resultados, pode-se concluir que o tempo do experimento foi suficiente para causar uma neuropatia periférica nos ratos diabéticos, contudo por ser a neuropatia uma patologia de origem multifatorial, neste estudo percebemos que o processo de mielinização não foi comprometido |