Caracterização de rocha carbonática sintética a base de pó de calcários laminados de afloramentos análogos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: COSTA, Ially Kimberly de Arruda
Orientador(a): AMORIM, Analice França Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46324
Resumo: Rochas carbonáticas sintéticas vêm sendo empregadas para a análise de comportamento mecânico, hidráulico, químico e térmico como um complemento às rochas carbonáticas naturais que se encontram em reservatórios de petróleo e gás ao redor do mundo. Tais rochas são muito heterogêneas e têm alto custo de extração, dificultando o acesso para mais pesquisas. Características como porosidade, permeabilidade e resistência são essenciais na construção das rochas sintéticas para maior similaridade à rocha natural, o que pode ser especialmente alcançado adotando-se o pó de rocha carbonática em sua composição. Uma opção considerada para a matriz carbonática provém dos rejeitos da mineração de calcários laminados na Formação Crato, localizada no nordeste do Brasil. Essas rochas calcárias são consideradas análogas a algumas fácies das presentes em reservatórios carbonáticos em termos de natureza física e de idade. Nesse sentido, uma rocha sintética foi produzida misturando-se o pó de rocha dos calcários laminados e o epóxi, obtendo características petrofísicas, petrográficas e geomecânicas. A petrografia foi feita através da observação de lâminas finas de amostras dos plugues sintetizados e, assim como o MEV, apresentou boa representatividade com relação à rocha natural. A porosidade da rocha carbonática sintética, medida através de tomografia computadorizada, ficou em torno de 10%. A resistência uniaxial máxima e o módulos elásticos das rochas sintéticas variaram entre 64,5-101,8 MPa e 7-10,3 GPa, respectivamente. O ensaio de compressão diametral demonstrou resultados esperados da ordem de 10% do valor da resistência uniaxial. A rocha carbonática sintética produzida, portanto, mostrou-se representativa do ponto de vista geomecânico e petrofísico em relação à rocha natural, cujo protocolo de fabricação apresenta-se consolidado e em condições de permitir a incorporação de heterogeneidades mecânicas que existem em reservatórios carbonáticos como fraturas e concreções.