Uma análise dos gastos com medicamentos dos municípios pernambucanos em 2012

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: GUIMARÃES, Flavio Henrique Lago
Orientador(a): MELO FILHO, Paulo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Gestao e Economia da Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18315
Resumo: O medicamento é um insumo importante para o bem-estar das populações e deve ser encarado como um meio, uma possibilidade a ser usada tanto para prevenir agravos, quanto também para recuperar a saúde. Nos últimos anos, o gasto farmacêutico vem tornando-se uma ameaça à sustentabilidade dos sistemas públicos de saúde de muitos países. O orçamento crescente destinado à provisão dos medicamentos tem competido com outras grandes prioridades no setor saúde e esses gastos em farmácia não têm correspondido a melhorias significativas nos indicadores de saúde. Este trabalho tem como objetivo apresentar no ano de 2012 os gastos com medicamentos declarados pelos municípios pernambucanos e realizar uma correlação destes gastos com indicadores sanitários e socioeconômicos, utilizando como fonte de informação destes gastos o Sistema de Informação sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS). Os municípios estudados foram categorizados em cinco grupos e através do STATA foi aplicado modelos de regressões múltiplas para identificar possíveis correlações entre as variáveis explicativas. Observou-se correlação negativa dos gastos com medicamentos com a renda domiciliar per capita, ou seja, quanto menor a renda per capita dos municípios, maior o dispêndio com medicamentos pelos municípios pernambucanos e uma correlação positiva dos gastos com medicamentos com os gastos totais com saúde, ou seja, os gastos com medicamentos impactam significativamente nos gastos totais de saúde dos municípios. Por fim, municípios com resultados satisfatórios em saúde, sejam eles medidos através do acesso aos medicamentos ou a outros serviços devem está relacionados à condição socioeconômica da população deste território. Pois é a partir desta que os gestores públicos podem gerar receitas necessárias para a adequada estruturação e acesso aos usuários dependentes do SUS.