Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Linard, Cybelle Façanha Barreto Medeiros |
Orientador(a): |
Lopes, Simone Sette |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11927
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Resumo: |
O aumento da população idosa tem levado a uma crescente incidência de doenças neurodegenerativas em todo o mundo. O consumo de alimentos de origem vegetal e o uso das propriedades terapêuticas de muitas plantas destacam-se desde os primórdios da humanidade. Anacardium occidentale Linn, conhecido popularmente como cajueiro, é uma árvore nativa do Norte e Nordeste do Brasil. Seu pseudofruto possui elevado teor de vitamina A, do complexo B, C e compostos fenólicos. O ácido anacárdico, composto fenólico obtido a partir do Anacardium occidentale, possui propriedades terapêuticas tais como: antimicrobiana, gastroprotetora, anticarcinogênica e anti-inflamatória. Evidências in vitro e in vivo mostraram que tanto o Anacardium occidentale quanto o ácido anacárdico possuem baixa toxicidade e efeitos antioxidantes, sugerindo potencial uso terapêutico. Entretanto, nenhum desses estudos foi realizado para testar o efeito antioxidante da administração sistêmica do Anacardium occidentale e ácido anacárdico no sistema nervoso central em modelo experimental de doença de Parkinson. Neste estudo hipotetizamos que Anacardium occidentale e ácido anacárdico podem exercer neuroproteção no córtex cerebral e no sistema nigroestriatal contra o estresse oxidativo induzido pela rotenona. Ratos adultos foram tratados por via oral com extrato hidroetanólico de Anacardium occidentale (150 e 600 mg/kg), ácido anacárdico (1-100 mg/kg) ou veículo, 1 hora antes da administração de rotenona (3 mg/kg) por via subcutânea durante 5 dias consecutivos. O comportamento dos animais foi avaliado nos testes do campo aberto, rotarod, catatonia e labirinto em T. Os sinais de neurodegeneração na substância negra, lipoperoxidação no sistema nigroestriatal e córtex cerebral e dosagem da enzima superóxido dismutase total também foram avaliados. Os grupos tratados com Anacardium occidentale e ácido anacárdico melhoraram a neuromotricidade nos testes comportamentais e, nas doses de 150 e 600 mg/kg de Anacardium occidentale no córtex, diminuíram a lipoperoxidação, provocados pela rotenona, em 47 e 62%, respectivamente; no estriado, em 32 e 56%, respectivamente; e na substância negra, na dose de 600 mg/kg, em 76%. O aumento da atividade da enzima superóxido dismutase total foi detectada usando ácido anacárdico 25-100 mg/kg em todas as regiões analisadas. Este aumento variou de acordo com a região, correspondendo a cerca de 80% na substância negra, 53% no córtex cerebral e de 230% no corpo estriado. O ácido anacárdico também diminuiu sinais de neurodegeneração provocados pela rotenona na substância negra. A administração oral de Anacardium occidentale e ácido anacárdico impediram a neurotoxicidade induzida pela rotenona em ratos, em parte, devido à sua ação moduladora sobre a enzima superóxido dismutase total, reduzindo neurodegeneração no sistema nigroestriatal e no córtex cerebral. |