Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
TAVARES, Cybelle Alves |
Orientador(a): |
MAGALHÃES, Nereide Stela Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33956
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Resumo: |
Oncocalixona A (onco A) é uma quinona natural, isolada da cerne da Cordia oncocalyx, que possui propriedades farmacológicas, tais como antimicrobiana, antiinflamatória e antitumoral. Assim, a onco A mostra-se promissora para o desenvolvimento de novos sistemas de liberação de fármacos. Contudo, essa molécula apresenta uma diminuição na sua eficácia após administração por via oral. Dessa forma, o conhecimento de suas propriedades físico-químicas é essencial para a produção de novos medicamentos. O objetivo deste estudo foi desenvolver e validar um método de cromatogrofia líquida de alta eficiência (CLAE) para quantificação de onco A em diferentes meios, seguido da aplicação do método para determinar sua solubilidade e coeficiente de partição. Bem como, estudar as interações entre a onco A com diferentes ciclodextrinas (CDs) (β-, HP-β-, SBE-β-, γ- e HP-γ-CD) por calorimetria de titulação isotérmica (ITC). A validação foi realizada de acordo com as diretrizes da ICH para produtos farmacêuticos. A solubilidade da onco A foi determinada em água deionizada, soluções tampão pH=5,5, 7,0, 9,0, assim como tampões com pHs = 2,8 e 6,8, que simulam os fluidos gástricos e intestinais, respecticamente, bem como em óleos: copaíba, soja e triglicerídeos de cadeia média (TCM). Determinou-se o coeficiente de partição de onco A entre n-octanol/água e óleos/água. Parâmetros termodinâmicos envolvidos na formação do complexo de inclusão foram determinados através de ITC e o complexo onco A:HP-γ-CD foi caracterizado por FTIR, ¹HNMR, DSC, TG e MEV. As curvas padrão da onco A foram reproduzíveis com inclinação de linearidade estatisticamente diferente de zero e resíduos com distribuição homocedástica. O método proposto permitiu a determinação do limite de quantificação e detecção, LD e LQ, respectivamente. Além disso, o desvio padrão relativo (DPR) da média das determinações foi inferior a 5% para exatidão e precisão. Em adição, o método foi resistente a pequenas variações dos parâmetros analíticos, mostrando-se robusto. A solubilidade foi maior em água (759,6 ± 10,7 μg.mL⁻¹), soluções tampão pH = 5,5 (783,1 ± 38,1 μg.mL⁻¹), pH = 7 (880,9 ± 27,9 μg.mL⁻¹), pH = 9 (845,0 ± 10,6 μg.mL⁻¹), pH = 2,8 (763,2 ± 12,1 μg.mL⁻¹), pH = 6,8 (870,5 ± 24,0 μg.mL⁻¹), do que nos óleos de soja (461,7± 8,4 μg.mL⁻¹), copaíba (434,8 ± 15,1 μg.mL⁻¹) e TCM (406,9 ± 5,1 μg.mL⁻¹). A onco A apresentou logP < 1. O doseamento de onco A nas nanocápsulas não revestidas e revestidas com quitosana foi de 98,8% e 99,6%, respectivamente. Os estudos de ITC, mostraram que a onco A interage mais favoravelmente com HP-γ-CD (N = 1,760 ± 0,01 e K = 3175 ± 295 M⁻¹) com a energia livre de Gibbs negativa (ΔG = -19,98 kJ.mol⁻¹). A formação do complexo de inclusão foi dirigida por entropia (TΔS = 19,54 kJ.mol⁻¹) e confirmada por FTIR, análises térmicas, ¹HNMR e MEV. Em conclusão, um método de CLAE-UV para quantificar onco A foi desenvolvido, validado e aplicado para determinar a solubilidade, em soluções aquosas com diferentes pHs e óleos, bem como seu coeficiente de partição e quantificação em nanocápsulas. Podendo ser proposto para obter uma análise de controle de qualidade de diferentes produtos contendo onco A. O método mostrou ser de baixo custo usando uma coluna de C-18 e uma fase móvel composta por água acidificada/Acetonitrila (70:30) e um fluxo de 0,7 mL/min. Adicionalmente, os parâmetros termodinâmicos sugerem a formação de um complexo de inclusão estável oncoA:HP-γ-CD. |