Abundância Sazonal e Biologia de Aves Costeiras na Coroa do Avião, Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Elisa Fedrizzi, Carmem
Orientador(a): Mendes de Azevedo Junior, Severino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/887
Resumo: Inserida no complexo estuarino do Canal de Santa Cruz, a Coroa do Avião é uma pequena ilha (c.2ha durante a preamar, amplitude de 2,4m) que constitui área de invernada e passagem para várias aves migrantes, além de abrigar táxons residentes. No presente estudo foram realizados censos mensais com repetição de três dias, c.144hs de campo, no período de outubro/2002 a setembro/2003. Foram registrados 31 táxons, dos quais 22 são aqui tratados como aves costeiras (aqueles que se utilizam dos hábitats costeiros e destes obtém sua alimentação). Dentre estas, 17 são migrantes boreais, em sua maioria limícolas (Charadriidae e Scolopacidae). Foram registradas 11 novas ocorrências para o local (cinco costeiras e seis de áreas abertas), sendo o primeiro registro de Stercorarius pomarinus para a Região Nordeste do Brasil e o segundo para Pernambuco de Thalasseus sandvicensis acuflavidus (passados 59 anos desde o registro anterior), Pandion haliaetus carolinensis e Anas bahamensis bahamensis. O pico de abundância das aves limícolas ocorreu em dezembro (c.7000), sendo registrados números de Charadrius semipalmatus (máx. 4000 em dezembro), Calidris pusilla (máx. 2570 em dezembro) e Calidris alba (máx. 1190 em novembro) significativamente maiores do que aqueles de estudos anteriores. Uma hipótese para este aumento (enquanto é registrado um declínio nas populações mundiais de aves limícolas) é a de que a maior exploração das áreas adjacentes (e.g. turismo desordenado) possa estar provocando a diminuição da disponibilidade de habitats propícios a sua ocorrência, forçando o redirecionamento dos bandos para o local