A (re)construção da Representação Social sobre o surdo e suas marcas discursivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: MENEZES, Tayana Dias de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39905
Resumo: A pesquisa é orientada, especialmente, por três objetivos: discriminar quais elementos compõem a Representação Social (RS) sobre o sujeito surdo, esquadrinhar os significados que servem de âncora para estes dentro do discurso e comparar a (re)construção da RS sobre o surdo dentro do discurso de ouvintes e surdos. Dessa maneira, analisaremos como as Representações Sociais intermediam a compreensão dos sujeitos sociais sobre o que significa ser surdo e como o fenômeno serve de sustentáculo na (re)construção dos discursos que circundam a pessoa surda e o universo da surdez dentro do curso de Letras-Libras da UFPE. O corpus da pesquisa foi composto por relatos guiados por perguntas elaboradas pela pesquisadora, foram entrevistados professores (surdos e ouvintes); alunos (surdos e ouvintes) e funcionários (o curso só possui funcionários ouvintes). A pesquisa trabalha com o fenômeno da RS em Moscovici (2015) e alguns de seus discípulos, especialmente Abric et al (2012); Jodelet (2005) e Marková (2006). A Teoria das Representações Sociais (TRS) cria conexões entre nós e o mundo e entre nós e os outros, também nos ajuda a entender essa conexão. Nesta pesquisa, as RSs são tratadas como fenômenos que dão conta de explicar o fato social, não como um elemento objetivo, mas como uma realidade filtrada pelos olhos dos sujeitos sociais, isso significa levar em conta a cultura; as crenças etc. que circulam socialmente sobre um objeto social. A reflexão teórica atravessa o conceito desde sua gênese em Durkheim (1994), sobre a Representação Coletiva, até as renovações teóricas propostas por Moscovici (2005). A análise dos discursos foi guiada por princípios da Análise Sociocognitiva do Discurso porque ela dá conta de esmiuçar o discurso sem ignorar os pilares que o constituem. Em outras palavras, a teoria encara a cognição – elemento indispensável ao analisar a RS – na interface entre o discurso e a sociedade. Além disso, Van Dijk (2006) leva em conta o conhecimento para pensar sobre a (re)construção dos discursos que circulam socialmente. Analisaremos os relatos por meio de um modelo analítico constituído pelos princípios teóricos em Moscovici (2005) e Doise (2014), que leva em conta o metassistema, sustentado pelas normas/ princípios sociais, o sistema operacional, responsável pela categorização social, que é permeado pelas redes de crença e o sistema ideológico. Esse modelo nos permitirá identificar as marcas socais no desenvolvimento/ processo cognitivo e cumprir os objetivos que guiam essa pesquisa.