Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Hyalyne Bernadete dos |
Orientador(a): |
SOARES, Luiz Alberto Lira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24540
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Resumo: |
Libidibia ferrea (Mart. exTul.) L.P. Queiroz, popularmente conhecida como jucá ou pau ferro, é uma planta medicinal nativa do bioma caatinga, comumente encontrada na região Nordeste do Brasil e bastante utilizada na medicina popular como anti-inflamatório e hipoglicemiante. Considerando a diversidade de propriedades biológicas e a relação dessas com a presença de ácido gálico em seus tecidos, a avaliação deste composto tem papel importante na manutenção da eficácia da espécie. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo geral investigar a influência sazonal sobre a variabilidade qualitativa e quantitativo de ácido gálico e polifenois obtidos por CLAE, UV/Vis e por CCD. Para tanto, amostras de folhas e cascas de um mesmo individuo de L. ferrea (8o3’ 30’’S 34o54’ 12’’ W) foram coletadas mensalmente no período de setembro de 2014 a agosto de 2015. Após secagem e moagem, as amostras foram submetidas à caracterização físico-química segundo metodologias farmacopeicas (FB5, 2010), cromatografadas em CCD e as metodologias analíticas desenvolvidas por CLAE-DAD, foram validadas segundo parâmetros estabelecidos pela RE/2003, e por ultimo, tiveram o teor de polifenois avaliado por espectrofotometria no UV/Vis. Os resultados demonstraram que as drogas avaliadas estão dentro dos limites especificados pelo compêndio, tal como teor de cinzas totais (< 6,5 %) e umidade residual abaixo do limite preconizado (<14%). A análise fitoquímica qualitativa por CCD confirmou a presença de taninos hidrolisáveis nas amostras tanto das folhas quanto das cascas de L. ferrea, podendo-se observar a presença desses durante todo o período de estudo, porém variações importantes na intensidade das bandas ocorreu entre as coletas. A quantificação dos polifenois totais por espectrofotometria empregando o reagente de Folin-Ciocalteu revelou que, tanto folhas como cascas, apresentam maior teor de polifenois nos meses com baixa precipitação, referentes à primavera (SET-NOV). Por outro lado, o declínio no teor de polifenois foi observado quando houve altas precipitações, no outono (MAR-MAI) e no inverno (JUN-AGO) para as folhas e as cascas, respectivamente. Em relação ao doseamento de ácido gálico por CLAE nas folhas e cascas L. ferrea, pode-se observar que nas folhas a maior concentração de ácido gálico foi na primavera (baixas precipitações), e a menor concentração no outono (altas níveis de precipitação), coincidindo com os resultados do método espectrofotométrico para doseamento de polifenois nas folhas. Já nas cascas a maior concentração de ácido gálico foi observada no inverno, enquanto as menores concentrações foram na primavera, havendo nenhuma relação com os resultados encontrados para o doseamento de polifenois. Diante do exposto, pode-se estabelecer a melhor época de coleta para os farmacógenos estudados, bem como levantar indícios de fatores que colaboram ou não para o aumento no teor dos compostos estudados. |