A concepção de sujeito no discurso de artistas plásticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: José Loreto Quérette, Felipe
Orientador(a): Rogério de Lemos Meira, Luciano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8090
Resumo: O presente trabalho é uma investigação sobre o campo da arte contemporânea no Brasil com o suporte teórico da Psicologia Discursiva. A Psicologia Discursiva é uma área da Psicologia que investiga como as categorias psicológicas são invocadas e manejadas no discurso cotidiano. Seus postulados propõem um deslocamento nos tópicos e explicações psicológicos tradicionais, evitando a teorização abstrata em favor de análises baseadas na pragmática das ações sociais. A folk psychology (psicologia popular) é um rótulo na Psicologia que diz respeito ao conjunto de crenças cotidianas acerca do ser humano, em contraste à descrição oferecida pela Psicologia científca ou profssional. Assim, a folk psychology pode ser colocada como tópico de escrutínio da Psicologia Discursiva. Dentro dessa mais ampla defnição de folk psychology, trago o conceito de concepção de sujeito como foco deste trabalho. Concepção de sujeito é a maneira como o sujeito é descrito noção entendida como folk psychology, mas com ênfase não na origem do conhecimento (por não ser científca), mas sim no sujeito que ela concebe maneira que é tratada, na presente pesquisa, como disponível no discurso. A pesquisa se debruça, enfm, sobre o campo da arte contemporânea, buscando enxergar concepções de sujeito no discurso de artistas plásticos, a partir da análise de conversas gravadas em áudio: como o sujeito acontece no discurso do artista que fala sobre sua obra? Foram realizadas e analisadas cinco conversas com artistas residentes no Recife, onde foi possível observar movimentos no discurso que apontam para diferentes concepções de sujeito. A análise ainda permitiu enxergar que tais concepções, ao serem invocadas no discurso sobre a obra de arte, participam de diferentes atos discursivos: defender a obra, explicitar seus méritos, justifcá-la em suas características formais fgurando, no discurso, um cenário em que as concepções informam o artista no ato de criação e ainda aparecem na explicação de por que fazer arte