Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
CONCEIÇÃO, Eduardo Junior da |
Orientador(a): |
SOUZA, Ivone Antônia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42435
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Resumo: |
Ocimum campechinum Mill pertence à família Lamiaceae é comumente utilizada na culinária e na medicina popular no Nordeste do Brasil. Está espécie, é conhecida popularmente como “alfavaca do campo” e “alfavaca de galinha”, sua composição química é rica em óleos essenciais, que são metabolizados principalmente em suas folhas, inflorescências e sementes. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial toxicológico e farmacológico do extrato hidroalcóolico de Ocimum campechianum. Para realização do estudo toxicológico foram utilizadas larvas de Artemia salina Leach, os ensaios foram realizados em triplicata e as larvas foram obtidas a partir da incubação de 20 mg de cistos, sob luz artificial por 48 horas. Grupos de 10 a 13 metanáuplios foram expostos a diferentes concentrações (50 a 1000 μg/mL) do extrato hidroalcóolico e os percentuais de mortalidade das larvas foram determinados após 24 horas de exposição. O estudo toxicológico agudo foi realizado utilizando fêmeas de camundongos Mus musculus. As fêmeas apresentaram peso corporal entre 35 e 45 g e com idades entre 90 e 120 dias. Para avaliar a toxicidade aguda do extrato de Ocimum campechinum e determinar a Dose Letal (DL50) da amostra botânica utilizou-se a metodologia do guia OECD 423/2001, a qual determina utilizar doses fixas de 2.000, 300, 50 e 5 mg kg -1 começando com um dose de 2.000 mg kg-1. Os camundongos foram mantidos em gaiolas, em condições controladas de iluminação (12 horas de fotofase) e temperatura de 22 ± 2 oC. A alimentação foi suspensa 12 horas antes dos ensaios e a água ad libitum. O extrato foi solubilizado com água destilada, antes da administração e a solução estoque do grupo controle foi apenas água destilada. Para administração por via oral a solução foi introduzida no trato digestório dos animais, através de uma cânula metálica. Após aplicar a dose de 2.000 mg kg-1 , foi determinada a DL50 e estimada a categoria toxicológica do extrato, seguindo as especificações dos guias GHS e OECD. Os sinais clínicos manifestados pelos animais foram observados e registrados individualmente, após as administrações por um período de 60 minutos e, posteriormente, a cada 24 horas, no total de 14 dias. O ensaio toxicológico sobre Artemia salina apresentou uma CL50 de131 μg /ml, indicando moderada toxicidade do extrato hidroalcóolico de Ocimum campechianum. Em relação ao ensaio toxicológico agudo sobre camundongos Mus musculus, o extrato hidroalcóolico revelou uma DL50 estimada de 2.500 mg kg-1, sendo portanto classificada na categoria 5 (ausência de toxicidade). Quanto aos sinais clínicos, foram observados efeitos relacionados ao sistema nervoso central e caracterizados como efeitos estimulantes como movimento circular, espasmos, movimento de vibrissas, movimento estereotipado e saltos. Sendo estes sinais os mais intensos. Além desses sinais, outros efeitos intensos foram observados e relacionados ao sistema nervoso autônomo como postura estática, reação de fuga, distensão abdominal e piloereção. A partir dos resultados toxicológicos obtidos, o extrato hidroalcóolico de Ocimum campechianum apresenta-se atóxico e poderá ser indicado para uso em formulações farmacêuticas e utilização popular. |