Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ARAÚJO, Alessandra Silva |
Orientador(a): |
STAMFORD, Thayza Christina Montenegro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Nutricao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44610
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Resumo: |
O morango (Fragaria x ananassa Duch.) é um pseudofruto que possui um alto grau de perecibilidade principalmente devido às infecções fúngicas. A aplicação de agrotóxicos é a principal estratégia utilizada no controle de micro-organismos no pós-colheita, porém pode causar danos ao organismo humano, ao meio ambiente e afetar as características físico-químicas dos produtos. Diante disso, a indústria alimentícia tem buscado desenvolver tecnologias alternativas seguras como o emprego de coberturas comestíveis à base de polissacarídeos com destaque às que empregam a quitosana. Quitosana é um polímero natural com propriedades potencializadas quando está sob a forma de seus sais hidrossolúveis e em nanopartículas, podendo carrear óleos vegetais encapsulados. A semente do maracujá é rica em compostos bioativos, que permitem que esses resíduos industriais sejam transformados em fontes alternativas de óleos com propriedades funcionais com características antioxidante e antimicrobiana. A presente proposta desenvolveu e avaliou, a ação antimicrobiana e conservativa da cobertura comestível de nanopartículas de cloridrato de quitosana com e sem o óleo da semente de maracujá (OSM) encapsulado na conservação pós-colheita de morangos. As nanopartículas de cloridrato de quitosana carregadas com o óleo de semente de maracujá foram preparadas pela técnica de coacervação complexa e a formulação selecionada após a análise de estabilidade foi a elaborada com a proporção material de parede: OSM de 1:0,50 (NP-OSM-0,50) que foi caracterizada por Espalhamento Dinâmico de Luz (DLS), Potencial Zeta, Espectroscopia na região do infravermelho (FTIR) e por Microscopia Eletrônica de Varedura (MEV). Essas nanopartículas apresentaram pequena dimensão (159,21±4,80 nm), baixo potencial zeta (9,00±2,40 mV), índice de polidispersão (0,40) e mantiveram-se estáveis por 90 dias. A estrutura densa e esférica foi confirmada pela análise de MEV e FTIR. As análises térmicas confirmaram o sucesso da encapsulação do óleo. As nanopartículas apresentaram atividade antifúngica contra os dois fungos fitopatogênicos avaliados (CIM 0,75 mg mL-1 para Colletotrichum siamense e 1,5 mg mL-1 para o Aspergillus niger) e em concentrações sub-inibitórias promoveram alterações morfológicas nos micélios dos dois fungos. As coberturas elaboradas foram capazes de conservar as características físico-químicas do morango em ambas as temperaturas de armazenamento, sendo mais efetiva nos frutos conservados sob refrigeração durante 12 dias. O revestimento também apresentou ação efetiva na redução da incidência de contaminação pelo Aspergillus niger. Os resultados obtidos demonstram que as nanopartículas contendo OSM são uma alternativa viável ao uso de fungicidas sintéticos nocivos ao meio ambiente e ao consumidor. Além disso, o reaproveitamento das sementes do maracujá para elaboração do óleo gera benefícios ambientais e agrega valor a cadeia produtiva do maracujá. |