Covid-19 em gestantes : características epidemiológicas, distribuição espacial e associação com a vulnerabilidade social, Pernambuco, Brasil, 2020-2021

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SÁ, Hingrid Wandille Barros da Silva
Orientador(a): BONFIM, Cristine Vieira do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51925
Resumo: O objetivo desse estudo consiste em analisar as características epidemiológicas, a distribuição espacial e a associação da vulnerabilidade social com a incidência da COVID-19 em gestantes no estado de Pernambuco, no período de 2020-2021. Trata-se de um estudo ecológico, tendo os municípios como unidade de análise. Constituíram-se como fontes de dados os Sistemas de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe e o e-SUS notifica. Para análise espacial foi aplicada a estatística de varredura espacial. O modelo de regressão Zero Adjustment Gamma foi empregado para identificar a associação entre os indicadores de vulnerabilidade e a taxa de casos graves em gestantes. Foram registrados 4.121 casos de gestantes com COVID- 19, desses 3.646 (88,47%) com manifestações clínicas leves e 475 (11,53%) graves. Na análise de varredura espacial observou-se a formação de quatro clusters. O primeiro na mesorregião do Agreste, formado pelo município de Caruaru, (risco relativo [RR]= 2,86); o segundo concentrou 46 municípios (RR=1,45), o terceiro foi localizado no Recife (RR= 1,43) e o último em Tupanatinga (RR=2,55). A análise de regressão mostrou a associação entre a taxa de casos graves em gestantes com a variável taxa de analfabetismo, onde a cada 1%, há um aumento relativo na incidência de casos graves de COVID-19 em gestantes. Identificaram-se áreas prioritárias para ações programáticas e organização dos serviços de saúde materno e infantil. É necessário a adoção de políticas públicas que contemplem as especificidades e necessidades da população obstétrica, considerando sua relação com a vulnerabilidade social.