Variabilidade morfodinâmica de curto-termo de uma praia de mesomaré

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: LINO, Anderson Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15647
Resumo: As praias são ambientes altamente dinâmicos modelados espaço-temporalmente por processos hidrodinâmicos de diversas intensidades. Diante do exposto, o presente trabalho objetivou analisar a variação morfodinâmica da Praia de Itapuama, localizada no município do Cabo de Santo Agostinho – PE, por um período de dois meses, entre junho e agosto de 2014. Para tal foi utilizado um sistema de sensoriamento remoto baseado em vídeo (sistema ORASIS), concomitante a levantamentos morfológicos através de GPS cinemático, sendo ambos correlacionados com dados hidrodinâmicos provenientes do modelo SWAN. O regime de onda incidente apresentou altura significativa variando entre 0,5 e 2,2 m, com período de 5,4 a 14,8 s e direção predominante ESE. Este pode ser dividido em quatro eventos: ondulações de S (TP = 14 s), ondulações de SSE (TP = 13 s), vagas de ESE (TP = 9,5 s) e vagas de SE (TP = 6s). A praia de Itapuama se caracteriza como um arco praial, classifica-se como intermediária e apresenta uma extensão máxima de 1,9 km, podendo ser dividida em três setores que se comportam de forma distinta entre si: Setor Sul (SS), Setor Central (SC) e Setor Norte (SN), sendo o SS equivalente ao campo de visão das câmeras (600 m). Foi possível a detecção de feições como: afloramentos rochosos soldados à praia (SS e SC), berma e cúspides (SS, SC e SN), e terraço de baixa mar (TBM). O TBM mostrou-se presente por toda a praia, sendo mais evidente no SS e SN. O SN apresentou-se como o setor mais dissipativo e assim como o SC, apresenta escarpas por toda extensão. O SC se caracteriza como o setor de maior exposição ao regime hidrodinâmico e o SS como uma zona de sombra. A presença de cúspides e berma mostrou-se variante espaço-temporalmente por toda a praia, sendo principalmente formadas durante eventos de menor energia associado à maré de quadratura. A elevação máxima vertical do envelope em relação ao nível do mar variou entre 2,5 a 3,8 m. A diferença do volume sedimentar levantado a partir de perfis construídos com a variação da linha d’água nas imagens mostrou pontos de erosão máximos de -0,4 m deposição de 0,6 m, caracterizando uma tendência erosional para o período de estudo. A presença de correntes de retorno deu-se através de uma fixa e três móveis, todas no SS, sendo sua maior definição durante os eventos de energia baixa a moderada. A presença das correntes móveis deu-se logo após a elevação do clima de onda incidente, onde permaneceram ativas até o final do período de estudo, estando dispostas sobre o TBM, caracterizando uma característica anômala de formação.