Análise histomorfométrica do microambiente em ameloblastoma e ceratocisto odontogênico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SOUSA, Rodrigo Csillaz de
Orientador(a): GODOY, Gustavo Pina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Patologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32318
Resumo: As lesões odontogênicas estão entre as lesões destrutivas mais frequentes dos maxilares, cuja patogênese e mecanismo de crescimento não são totalmente conhecidos. Recentemente, a presença de mastócitos e o remodelamento do colágeno foram reconhecidos na patogênese de lesões odontogênicas mais agressivas. Este estudo teve como objetivo avaliar de forma quantitativa, a presença da deposição de colágeno e os mastócitos em lesões odontogênicas. A amostra consistiu de 20 casos de ceratocisto odontogênico e 20 casos de ameloblastoma. Secções histológicas foram submetidas às técnicas histoquímicas utilizando Tricrômico de Masson e o Azul de Toluidina. Para a análise do colágeno intersticial e do número de mastócitos, cinco campos foram selecionados em cada caso, onde as imagens foram capturadas através do programa Motic Image Plus 2.0 com ampliação final em 400x. Para comparar se havia diferença estatística significativa entre o número de mastócitos e a área percentual de colágeno das duas lesões, o teste de Mann-Whitney foi aplicado com nível de significância de 5%. Os resultados obtidos neste trabalho demonstram diferenças na deposição de colágeno em ameloblastoma e em ceratocisto odontogênico. Em relação à deposição de colágeno, foi encontada uma área percentual média de 17,28% ± 10,29 nos ameloblastomas e de 21,48% ± 13,11 nos ceratocistos odontogênicos (p = 0,028). Em relação aos mastócitos, os casos de ameloblastoma apresentaram uma contagem média de 1,50 ± 1,34 células. Por outro lado, os casos de ceratocistos odontogênicos apresentaram escore médio de 1,80 ± 1,54 mastócitos (p = 0,105). Não foi observada correlação entre o aumento do número de células e o aumento da deposição de colágeno tanto nos casos de ameloblastomas quanto nos de ceratocisto odontogênico. É possível que diferenças no padrão do tecido conjuntivo possam influenciar a concentração real de mastócitos e vice-versa e que essas diferenças sejam responsáveis pelas variações observadas entre as duas lesões.