Militares no home front: Projetos urbanos e arquitetônicos das areas residencias militares brasileiras no segundo pós-guerra
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17489 |
Resumo: | Em 1949, foi lançado um programa de construção de áreas residenciais militares nos Estados Unidos, o qual foi reformulado em 1955 e funcionou até o início dos anos sessenta. No Brasil, em 1956, Juscelino Kubitschek aprovou a construção de Brasília ao mesmo tempo em que assinou um decreto destinando uma grande soma de recursos para a produção de vilas militares em todo o território nacional por um período de dez anos. Essas ações constituíram parte de uma cultura militar que se fortaleceu no segundo pós-guerra e foi marcada por acordos de cooperação e intercâmbios entre os dois países, com impactos nos sistemas de treinamento e de educação da instituição militar brasileira. Destacou-se, nesse sentido, a cooperação técnica entre o Brasil e os Estados Unidos na organização do Concurso de Anteprojetos de Arquitetura para o Centro Técnico da Aeronáutica (CTA). Este projeto, concebido por Niemeyer, foi divulgado mundialmente com as publicações de Hitchcock (1955), Mindlin (1956) e Papadaki (1960), tendo contribuído na formação de um retrato de casas militares modernas, de acordo com a imagem difundida da arquitetura brasileira naquele momento. Aparte deste caso isolado do projeto do CTA, pouco se sabe sobre o home front dos militares no Brasil, apesar dos incentivos financeiros acima mencionados. Diante dessa lacuna historiográfica, este trabalho investigou os projetos urbanos e arquitetônicos das áreas residenciais do Exército no Brasil durante o segundo pós-guerra, de modo a enriquecer o debate academicamente estabelecido sobre o entrelaçamento de técnicas militares com o universo da arquitetura e do urbanismo. Para tanto, partiu-se da análise de uma série de projetos urbanos e arquitetônicos elaborados entre 1946 e 1971 – período de atuação de um órgão específico de obras da instituição militar, a Diretoria de Obras e Fortificações do Exército (DOFE). Analisando os dados sob uma perspectiva internacional, desenvolveu-se uma trama discursiva acerca da arquitetura e do urbanismo das áreas residenciais militares no Brasil e Estados Unidos. Salienta-se que não se tratou de um estudo comparativo, mas de um entendimento da experiência norteamericana e brasileira, a fim de se compreender os elementos que poderiam formar uma cultura generalizada de produção residencial militar durante a Guerra Fria, abrindo espaço para um novo campo de investigação. O fato é que a concepção das vilas militares no Brasil pode ser sumarizada como a burocratização da concepção projetual, em que o processo era mais importante do que o produto propriamente dito e incluía um método de concepção estandardizável que materializava as demandas e características da instituição. O método foi marcado, sobretudo, pela estandardização com variação dos projetos-tipo de arquitetura, fenômeno que foi chamado de modified modern nos trópicos em referência à prática do modified modern nos Estados Unidos. |