Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
MENDONÇA, Nórthon Roberto Ferreira de |
Orientador(a): |
NOGUEIRA, Renata Maria Toscano Barreto Lyra |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia Cognitiva
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39051
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Resumo: |
O transtorno depressivo maior (TDM) possui características agudas da depressão e consiste no tipo de transtorno depressivo mais frequente. Estimativas apontam que até o presente ano (2020) a depressão será o problema de saúde mais incapacitante do mundo, tendo consequências laborais, econômicas, sociais e emocionais. No Brasil, a depressão acomete cerca de 11,6 milhões de pessoas por ano, atingindo indivíduos de diferentes faixas-etárias. Um dos componentes cognitivos que se encontra alterado no quadro do TDM é a regulação emocional, definida como um conjunto de processos responsáveis por determinar quando e como experenciamos nossas emoções. Este processo está bastante implicado com a saúde mental e, por isso, é alvo de intervenções terapêuticas. Uma abordagem terapêutica que tem exibido bons resultados no tratamento do TDM é a Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (MBCT). Essa abordagem une preceitos e práticas advindas do Mindfulness, componente do budismo, com técnicas da Terapia Cognitiva. O presente estudo clínico teve como objetivo principal avaliar os efeitos de uma intervenção de MBCT sobre a regulação emocional de pacientes diagnosticados com TDM. Além disso, objetivou-se verificar os efeitos da intervenção sobre o nível de mindfulness e de depressão. Participaram do estudo 80 indivíduos (18 a 30 anos), 40 diagnosticados com TDM e 40 indivíduos saudáveis. Adotou-se o Teste de Regulação de Emoções, o Inventário de Depressão Maior e o Questionário das Cinco Facetas de Mindfulness como instrumentos de avaliação em uma etapa pré-teste e uma pós-teste. A intervenção teve oito semanas de duração, com uma sessão grupal de 2h30min por semana. Os resultados mostraram que a intervenção não foi eficaz para melhora da regulação emocional (p > 0.05). O nível de depressão no grupo clínico diminuiu significativamente (p < 0.01) e os níveis de mindfulness do grupo clínico e do grupo controle aumentaram de forma significativa (p < 0.01) após a intervenção. A forma de avaliação, o tempo de intervenção, o conteúdo da intervenção e outras variáveis que não controladas podem justificar os achados diferentes do que é relatado na literatura. Conclui-se que a intervenção é, de fato, eficaz para o tratamento do TDM, mas não pela via da regulação emocional. Sugestões para futuros trabalhos incluem o aumento da duração da intervenção, um controle maior de variáveis, o uso de grupo clínico controle e comparações psicométricas. |