Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Rafael Rodrigues da |
Orientador(a): |
MENEZES, Rômulo Simões Cezar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34047
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Resumo: |
O solo e a vegetação são importantes reservatórios de carbono e seu manejo adequado pode contribuir para a remoção de carbono da atmosfera e sua estocagem em longo prazo. O Brasil, devido a suas dimensões e aptidão para a produção agropecuária e florestal, tem grande potencial para contribuir na mitigação das emissões de gases de feito estufa (GEE). Para o desenvolvimento de um sistema global de monitoramento de emissões e remoções, os países devem reportar e atualizar seus inventários por setor, com o intuito de discutirem-se ações de compensação. No Bioma Caatinga ainda são limitados os dados sobre os estoques e fluxos de GEE decorrentes de mudanças de uso da terra, o que dificulta a elaboração de inventários. Assim, o objetivo geral do presente trabalho foi desenvolver, a partir do uso de ferramentas geotecnológicas, uma metodologia para o mapeamento dos estoques de carbono no solo e na vegetação e dos balanços de carbono no bioma Caatinga. A região de estudo compreendeu a área de Pernambuco inserida no Bioma Caatinga. Foram sistematizados os dados disponíveis sobre estoques de carbono no solo e na vegetação em diferentes áreas e tipos de solo e de cobertura e uso no bioma. Com base nessas informações, foi elaborado um software, denominado Calculadora dos balanços de carbono - CABALA-C, capaz de otimizar os cálculos das emissões líquidas de carbono no solo, mapear e estimar os estoques e fluxos de carbono em áreas sob diferentes usos da terra, utilizando medidas in situ e técnicas de geoprocessamento. Além disso, foram elaborados mapas de estoques de carbono no solo e na vegetação para os anos de 2000 e 2016, na escala 1:100000, estratificados por tipo de cobertura e uso da terra e pelo tipo de solo. Neste período, houve emissões líquidas de carbono do solo em 28% da área, ou seja, perdas de carbono do solo para a atmosfera, enquanto em 13% da área houve acúmulo líquido de carbono no solo e em 57% não houve alteração líquida. As maiores perdas foram observadas nas bacias hidrográficas do Ipanema e do Una e os maiores aumentos na bacia do rio Terra Nova. As áreas correspondentes a corpos d’água, áreas urbanas e outros usos não classificados não foram contabilizados, mas representaram apenas 2% da área. Todo este trabalho têm como ênfase a identificação de vulnerabilidades ambientais, com o intuito de subsidiar políticas públicas para a adoção de estratégias de adaptação às mudanças climáticas projetadas para o bioma caatinga. |