Histoquímica com lectinas de sementes de Cratylia mollis analisando tecidos prostáticos humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lucena Rosendo de Lima, Amanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1437
Resumo: Câncer de próstata é o tumor maligno de maior incidência em homens idosos nos países desenvolvidos e a segunda maior causa de morte por câncer. Lectinas, proteínas ou glicoproteínas, que reconhecem carboidratos livres ou conjugados têm sido estudadas em inúmeras aplicações e que através da sua capacidade de reconhecimento, têm sido utilizadas em histoquímica na análise de mudanças na composição e expressão de carboidratos de glicoconjugados, de superfície celular e citoplasma, em processos de desenvolvimento e diferenciação celular como na carcinogênese. O objetivo deste trabalho foi avaliar duas lectinas de sementes de Cratylia mollis (Cramoll 1,4 glicose/manose específica e Cramoll 3 galactose específica) como potenciais marcadores histoquímicos de tecidos prostáticos humanos e compará-las a lectinas comerciais de especificidades similares, respectivamente (Con-A e PNA). Cramoll 1,4 e Cramoll 3 foram conjugadas a peroxidase (Cramoll 1,4-HRP e Cramoll 3-HRP) e cortes (4 μm) de biópsias de próstata (normal - PN, hiperplásicas HBP e carcimona CaP) foram submetidos ao ensaio histoquímico com as lectinas em estudo. Ensaios de inibição da ligação lectina-carboidrato foram realizados com os respectivos açúcares na concentração de 0,3M para controle das marcações. O padrão de reconhecimento de Con-A e Cramoll 1,4 (15μg/mL) em HBP foi mais intenso que na próstata normal. Essas lectinas também mostraram diferenças entre HBP e CaP, no qual elas marcaram com diminuição de intensidade à medida que o grau de malignidade aumentava. PNA e Cramoll 3 (25μg/mL) reconheceram similarmente as células epiteliais em todos os grupos, porém uma marcação mais intensa foi observada no lúmen das glândulas do CaP. Nenhuma das lectinas em estudo pode ser empregada como um marcador para corpos amiláceos já que não houve diferença de marcação entre elas na maioria dos casos. Nossos resultados sugerem que a glicosilação das proteínas é modificada tanto na HBP quanto no CaP. Assim, lectinas de sementes de C. mollis (Cramoll 1,4 e 3) apresentam-se como fortes candidatas à ferramentas em histoquímica para patologias da próstata quando comparadas as lectinas comerciais como Con-A e PNA