Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
das Graças e Silva, Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9370
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Resumo: |
Este trabalho tem como foco a discussão sobre o Desenvolvimento Sustentável como expressão da tentativa de estabelecer mecanismos de controle da relação sociometabólica do capital, oferecendo uma análise de sua apreensão pelas agências internacionais, bem como dos instrumentos programáticos e das resoluções adotadas em eventos nacionais e internacionais, orientados pela pauta da sustentabilidade. O Desenvolvimento Sustentável configura um ícone das ações socioambientais levadas a efeito pelas classes sociais e segmentos diversos em resposta à exacerbação da questão ambiental , sendo esta entendida como o conjunto das manifestações da destrutividade da natureza - cujas raízes encontram-se no desenvolvimento das relações burguesas de propriedade e seus desdobramentos sócio-políticos, para os quais a ação dos movimentos ambientalistas teve importância fulcral. Assim, o objetivo central deste trabalho foi analisar a concepção de Desenvolvimento Sustentável como mecanismo de enfrentamento da questão ambiental , realizando um exame crítico desde a sua colocação pelas agências internacionais, a sua conversão em programa de ação, bem como a sua instituição como prática de classe. Para tanto, tratamos de problematizar a relação entre sustentabilidade econômica, social e ambiental em sua contextualização histórica - além de identificar as estratégias de implementação do Desenvolvimento Sustentável, presentes nos documentos estudados. A nossa hipótese de trabalho pode ser assim sintetizada: a despeito das crescentes iniciativas no campo da sustentabilidade ambiental esta não tem se traduzido (ou se faz à custa) de uma crescente insustentabilidade social, em razão de sua subordinação à lógica da acumulação capitalista. Por se tratar de uma pesquisa documental optamos pelo método de análise de conteúdo, no qual a informação surge da apreciação objetiva da mensagem. Parte-se do conteúdo manifesto dos documentos, a fim de desvelar o seu conteúdo latente (Trivinos, 1987). Este movimento caracterizou-se pela leitura e análise dos textos, a partir da utilização das categorias analíticas, o que viabilizou identificar as articulações entre os conteúdos expressos e o seu significado histórico-ontológico. As categorias Modo de Produção, Forças Produtivas e Relações Sociais de Produção, Acumulação primitiva e Trabalho foram decisivas para o entendimento do objeto de estudo. O estudo revela que a despeito dos esforços empreendidos em nome do Desenvolvimento Sustentável segue a dilapidação das condições de vida da maioria da população do planeta. As tentativas de compatibilizar as necessidades crescentes de expansão da produção - ainda que balizadas no uso de tecnologias limpas e com menores níveis de desperdício com a preservação da natureza têm-se demonstrado impotentes, face à condição anárquica e perdulária da produção capitalista, cuja expressão mais emblemática é a obsolescência programada de mercadorias. Resta-nos, por fim ressaltar a distinção entre Desenvolvimento Sustentável e a sustentabilidade ambiental e social como imperativo ético. Esta se faz cada vez mais premente, a fim de assegurar as condições de reprodução da vida planetária, o que supõe o estabelecimento de um sistema de necessidades amplamente ancorado no reconhecimento da condição universal da reprodução do gênero humano |