Juventudes, educação e racismo : representações sociais de educação escolar e projetos de vida para estudantes do Ensino Médio [Integral] em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: CABRAL, Karla Kely da Silva
Orientador(a): CRUZ, Fatima Maria Leite
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49551
Resumo: Esta pesquisa teve por objetivo compreender as representações sociais de educação escolar e de projetos de vida dos estudantes da rede estadual do ensino médio [integral] em Pernambuco. O aporte teórico-metodológico da pesquisa foi a Teoria das Representações Sociais, de Serge Moscovici, com enfoque na abordagem Estrutural, de Jean-Claude Abric. A pesquisa foi realizada em duas escolas de Recife-PE com estudantes na faixa etária entre 14 e 19 anos, sendo 81 mulheres, 63 homens e 1 não-binário. A pesquisa foi qualitativa e plurimetodológica, caracterizou-se por três procedimentos na coleta e análise dos dados. Na primeira etapa, 145 estudantes responderam a uma ficha sociodemográfica e ao questionário de associação livre de palavras (QALP) no formato online. Na análise, utilizou-se o software RTemis, para análise de correspondências múltiplas (ACM), e o IRAMUTEQ na análise prototípica. Na segunda etapa, 13 estudantes participaram da entrevista semiestruturada online, à luz da análise de conteúdo de Bardin (2009). Na terceira etapa, houve a aplicação de uma escala de objetivos de vida para correlacionar as respostas às etapas de pesquisa. Os resultados apontaram que o ensino médio [integral] contribui de forma superficial para a construção do projeto de vida dos estudantes e os conteúdos ampliaram a concretização dos planos, embora reconheçam as fragilidades da escola pública; a educação escolar foi representada colaborando com os projetos de vida, por meio das relações sociais. Houve diferenciação entre escola pública e privada, na objetivação de desvalorização/valorização e inferioridade/ superioridade do desempenho escolar, respectivamente. A escola de referência foi ancorada como estratégia compensatória dentro da rede pública. Os sentidos compartilhados de educação escolar denotam, ainda, diferenças educacionais pelo pertencimento social e racial dos usuários. Os estudantes planejam seus projetos de vida de maneira gradativa, ‘esperandar’, a partir do seu campo de possibilidades, circunscrito histórico e culturalmente.